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Interior

Ação contra o tráfico elimina 167 toneladas de maconha na fronteira

Na 43ª edição, Operação Nova Aliança envolve equipes da Senad do Paraguai e da PF brasileira

Por Helio de Freitas, de Dourados | 04/04/2024 11:49
Agentes federais em acampamento montado em área de cultivos de maconha (Foto: Senad)
Agentes federais em acampamento montado em área de cultivos de maconha (Foto: Senad)

A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e a Polícia Federal brasileira desencadearam nesta semana a 43ª edição da Operação Nova Aliança, para erradicar lavouras de maconha na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul.

Nos dois primeiros dias de trabalho de campo, foram destruídos 54 hectares de roças que renderiam pelo menos 162 toneladas da droga. Quase toda a produção dessa região do Paraguai é destinada ao mercado brasileiro.

Com apoio de helicópteros, a ação se concentra na Estância La Esperanza, no departamento de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.

Em 17 acampamentos precários, instalados no meio de matas, foram encontradas cinco toneladas de maconha picada, somando 167 toneladas destruídas. A Senad informou que a operação continua por vários dias. Até agora, o prejuízo ao narcotráfico é estimado em 5 milhões de dólares.

Segundo a PF, a 43ª Nova Aliança dá continuidade à estratégia bem-sucedida de erradicação na origem, evitando que grande quantidade de maconha entre em circulação por meio da região de fronteira entre o Paraguai e o Brasil.

Dados do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) indicam que, anualmente, em média, aproximadamente 5 mil toneladas de cannabis são apreendidas no mundo por meio de 1 milhão de operações policiais. A Nova Aliança alcança números semelhantes a cada 6 operações.

“A atuação na origem gera relevante economia no que seria investido na etapa investigativa, na fase judicial, na manutenção de presídios e, por fim, no sistema de saúde pública de ambos os países”, afirma a Polícia Federal.

Além disso, impacta significativamente na estrutura liderada por facções criminosas brasileiras que usam o tráfico de drogas como fonte de capitalização para financiamento de outros crimes, como o tráfico internacional de armas.

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