Padrasto que estuprou e matou criança, "Diabo Loiro" é condenado a 62 anos
Clara Vitória foi encontrada morta ao lado da mãe, que estava desacordada, no dia 1º de agosto de 2019
Aparecido Donizete Celestiano, de 64 anos, conhecido como "Diabo Loiro", acusado de estuprar e matar a enteada Clara Vitória Simões de Souza, de 7 anos, foi condenado a 62 anos de prisão, em regime fechado. O crime ocorreu em setembro de 2019, em Sonora, a 364 quilômetros de Campo Grande.
O caso correu em segredo de Justiça e a audiência que terminou na condenação aconteceu na última quinta-feira (28), informou o site Idest. Aparecido Donizete está preso desde a época do crime.
Diabo Loiro já respondia por um estupro de vulnerável, cometido contra um menino de três anos, em 2012. Em março de 2019, ganhou liberdade e cumpria pena com uso de tornozeleira eletrônica.
O caso - Clara Vitória foi encontrada morta ao lado da mãe, que estava desacordada, no dia 1º de agosto de 2019, na Rua das Jabuticabas . Conforme boletim de ocorrência, por volta das 11h, o pai de Clara ligou várias vezes para a casa da ex-mulher e não conseguiu falar com a filha. Depois de um tempo, ele tentou de novo e o telefone foi atendido pelo padrasto dizendo que tanto a mulher quanto a menina estavam dormindo.
Desconfiado com a situação, o pai resolveu ir até ao local e quando chegou encontrou Clara morta e a mulher desacordada. O socorro foi acionado e levou Carla para o Hospital Municipal Rachid Saldanha Derzi. A Polícia Civil e a Perícia Técnica foram acionadas.
Questionado sobre o caso, Aparecido disse que na noite anterior, por volta das 22h30, Carla reclamou de dor de cabeça e foi dormir no quarto com a filha. A primeira informação, relatada pelo suspeito, era de que a mulher tinha dado altas dose de remédios para a criança e se dopado na sequência.
O corpo de Clara foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Coxim. Durante exame necroscópico foi constatado que a vítima foi morta por asfixia. Também havia vestígios de violência sexual. Aparecido foi preso pelo crime. Na época, a mãe contou que misturou cerveja com remédios, apagou e não viu nada.