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Interior

Pai é assassinado no mesmo lugar onde filha foi morta

Corpo foi encontrado na pedreira da Aldeia Bororó, onde menina de 11 anos foi jogada de penhasco em 2021

Helio de Freitas, de Dourados | 30/11/2022 14:42
Perita da Polícia Civil ao lado do corpo de Alonso Cabreira, na Aldeia Bororó (Foto: Adilson Domingos)
Perita da Polícia Civil ao lado do corpo de Alonso Cabreira, na Aldeia Bororó (Foto: Adilson Domingos)

Foi encontrado na tarde desta quarta-feira (30) o corpo do indígena guarani-kaiowá Alonço Cabreira, 89, que estava desaparecido há dois dias em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Ele foi assassinado no mesmo local onde sua filha, de 11 anos, foi estuprada e morta em 2021.

O corpo de Alonço foi encontrado ao lado de um paredão da pedreira desativada na Aldeia Bororó, que junto com a Jaguapiru formam a Reserva Indígena de Dourados.

A poucos metros dali, no paredão do outro lado da pedreira, a filha dele foi jogada de uma altura de 30 metros, em agosto do ano passado. O corpo foi achado dois dias depois.

Depois ser obrigada a consumir bebida alcoólica, a menina foi estuprada por três adolescentes e dois adultos, um deles tio dela. Para não serem denunciados, eles jogaram a adolescente do paredão de pedra. O corpo foi encontrado dois dias depois. O tio da menina foi encontrado morto na cela um dia depois de ser preso.

No início da tarde de hoje, moradores da reserva encontraram o corpo de Alonço Cabreira a poucos metros de onde a menina foi encontrada morta quase 16 meses atrás.

A principal suspeita da polícia é de que o homem, que nasceu em 24 de outubro de 1933, tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). Familiares informaram que Alonso saiu na segunda-feira (28) para receber um dinheiro e não voltou para casa.

Peritos da Polícia Civil constataram ferimentos de faca no rosto e pescoço de Alonso. Apesar de o corpo estar ao lado de um paredão de pedra, não há indícios de que tenha sido jogado do penhasco, como ocorreu com a filha.

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