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Interior

Paraguai tenta, pela 2ª vez, julgar acusado pela morte de Rafaat

Início do júri estava marcado para ontem, mas foi adiado após renúncia do advogado de defesa do brasileiro Sérgio dos Santos

Helio de Freitas, de Dourados | 22/11/2018 09:04
Sérgio dos Santos está preso em Assunción acusado de manejar metralhadora usada para matar Rafaat (Foto: ABC Color)
Sérgio dos Santos está preso em Assunción acusado de manejar metralhadora usada para matar Rafaat (Foto: ABC Color)

A Justiça do Paraguai tenta nesta quinta-feira (22), pela segunda vez em dois dias, iniciar o julgamento do brasileiro Sérgio Lima dos Santos pelo assassinato do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, ocorrido em 15 de junho de 2016.

Considerado o chefão do crime organizado na fronteira, Rafaat foi executado a tiros de metralhadora calibre 50 que perfuraram a blindagem de seu utilitário Hummer. O ataque cinematográfico ocorreu em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

O julgamento deveria ter começado ontem na sede da Agrupación Especializada, na capital paraguaia, mas a ausência de advogado de defesa provocou o adiamento para hoje.

O advogado Oscar Garcete renunciou à defesa de Sérgio dos Santos e o outro defensor, Alfredo Nicanor Molinas, apresentou um atestado médico alegando uma crise se otite. Se nesta quinta-feira não tiver advogado de defesa, a Justiça deve nomear defensores públicos.

Abandonado ferido – Sérgio Lima dos Santos foi abandonado em um hospital de Pedro Juan Caballero minutos após o ataque que matou Rafaat. Ele estava gravemente ferido, mas se recuperou e está preso há quase dois anos e meio.

A execução de Rafaat, que teria sido comandada pelo narcotraficante brasileiro Helton Leonel Rumich, o Galã – preso no início deste ano no Rio de Janeiro.

Policiais paraguaios afirmam que PCC (Primeiro Comano da Capital) e Comando Vermelho se uniram para eliminar Rafaat, que resistia com violência e morte à expansão das facções criminosas na fronteira.

Logo após a execução, no entanto, os dois grupos romperam a trégua e atualmente travam uma guerra pelo controle do tráfico de drogas e de armas na Linha Internacional entre Paraguai e Mato Grosso do Sul.

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