Suspeito de execução de Jorge Rafaat é preso em estúdio de tatuagem do RJ
Elton ou "Galã", como é conhecido, era um dos traficantes mais procurados no País
Procurado no Brasil e no Paraguai. Apontado como novo “capo” do crime organizado na região de fronteira do Brasil com o Paraguai, Elton Leonel Rumich da Silva, de 34 anos, foi preso nesta terça-feira (27), no Rio de Janeiro quando, tranquilamente, fazia uma nova tatuagem na perna em estúdio do bairro de Ipanema no Rio de Janeiro.
Ele estava usando documento falso, mas também tinha mandado de prisão em aberto, segundo a polícia carioca. Apresentou a identidade falsa, porém os agentes, segundo divulgado, o reconheceram por já ter trocado informações sobre sua presença no local com o setor de inteligência da segurança flumimense.
A prisão foi feita por policiais Civis da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos). Conhecido como "Galã" na região de fronteira, Elton é apontado como um dos responsáveis pela morte em cena cinematográfica de Jorge Rafaat, executado no dia 15 de junho de 2016, aos 54 anos.
Elton Leonel Rumich da Silva é considerado, hoje, um dos principais fornecedores de drogas do Paraguai para as maiores facções criminosas do Brasil, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
"Galã" seria ligado diretamente ao grupo criminoso PCC, surgido em presídios de São Paulo, que está espalhado por todo o País, com forte presença em Mato Grosso do Sul. Ele teria, justamente, assumido o “espólio” de Jorge Rafaat, executado em Pedro Juan Cabalero, em uma emboscada na qual foi usada uma metralhadora calibre .50, capaz de derrubar aviões.
Também conhecido como Gallant, o traficante já havia sido preso diversas vezes com armas, munições e drogas. É tido, ainda, como aliado de Jarvis Chimenes Pavão, 48 anos, traficante concorrente de Rafaat, extraditado para o Brasil no fim de 2017, depois de uma longa negociação e sob forte esquema de segurança.
Execução com cena de cinema - O traficante Jorge Rafaat Toumani, executado na noite de 15 de junho de 2016, no Centro de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o Brasil por Ponta Porã. Ele foi alvo de disparos de armamento calibre .50, usado em táticas antiaéreas pelas Forças Armadas.
A arma estava acoplada na parte traseira de uma camionete Toyota Hilux SW4, onde estavam os executores do Rafaat. Como os seguranças do traficante e empresário que já foi condenado pela Justiça brasileira por narcotráfico reagiram, houve tiroteio e pessoas de ambos os grupos ficaram feridas. À época, a cena de guerra em que Rafaat foi morto foi comparada às da série Narcos, que trata da disputa entre cartéis do narcotráfico na Colômbia.
Com informações do G1/RJ.