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Interior

Suspeito de matar Rafaat vai terminar tratamento em repartição da polícia

Juiz ordenou que Sergio Lima dos Santos fique pelo menos dez dias em delegacia especializada sendo medicado; depois vai para presídio de Tacumbú, na capital paraguaia

Helio de Freitas, de Dourados | 30/06/2016 16:58
Ficha de Sergio Lima dos Santos na polícia do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Ficha de Sergio Lima dos Santos na polícia do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

O brasileiro Sergio Lima dos Santos, 34, suposto pistoleiro que manuseou a metralhadora antiaérea calibre 50 usada na execução do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, deve ser levado ainda nesta quinta-feira (30) do hospital da cidade de Fernando de La Mora, na região metropolitana de Assunção, para a sede de um grupo especial da polícia, na capital paraguaia.

A transferência foi ordenada pelo juiz penal, Édgar Ramírez, que determinou a permanência do brasileiro na repartição da polícia por dez dias, onde vai continuar recebendo tratamento com antibióticos, e depois desse período será removido para o presídio de Tacumbú, também em Assunção.

Ligado ao Comando Vermelho e supostamente recrutado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para participar do ataque a Rafaat, Lima dos Santos foi ferido no rosto pelos seguranças do narcotraficante e na mesma noite da execução, no dia 15 de junho, foi abandonado em um hospital de Pedro Juan Caballero.

Logo em seguida o brasileiro foi levado por dois advogados para o hospital de Fernando de la Mora, cidade a 459 km de Pedro Juan Caballero e a 9 de Assunção.

Tentou fugir - Depois de duas semanas internado, algemado na cama do hospital e vigiado por homens da Polícia Nacional, Sergio dos Santos apresentou visível recuperação do quadro de saúde. Na quinta-feira passada, ele tentou abrir a algema com uma medalha de santa, mas policiais que fazem a vigilância no local evitaram a fuga.

“O tratamento com antibióticos para evitar uma infecção vai durar mais oito. Em dez dias ele estará curado e poderá ir para a Penitenciária Nacional de Tacumbú”, afirmou o magistrado paraguaio à rádio Cardinal ABC.

Outro brasileiro suspeito – Fontes da polícia paraguaia revelaram a jornais do país vizinho que até o momento o único suspeito de tramar a execução de Rafaat é o brasileiro Elton Leonel Rumich da Silva, o “Galán”. Existem suspeitas de que Galan estaria conduzindo a caminhonete Toyota onde foi instalada a metralhadora manuseada por Sergio dos Santos.

Policiais que trabalham no caso já apuraram que Galan havia se instalado na região de Pedro Juan Caballero com o apoio do traficante paraguaio Jarvis Chimenes Pavão, ex-aliado de Rafaat e atualmente preso em Tacumbú.

Ainda de acordo com a imprensa do Paraguai, Jorge Rafaat não permitia a expansão das atividades criminosas dos brasileiros, especialmente o PCC e o Comando Vermelho.

Aliados a Jarvis Pavão, os grupos teriam tramado a morte de Rafaat para assumirem o controle da remessa de armas e drogas para o Brasil a partir de Pedro Juan Caballero.

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