Paraguai prende dupla suspeita de participar da execução de Rafaat
Renato Signoretti e Mario Sergio Amaral Flores foram presos com o carro que usaram para levar ao hospital o brasileiro que manuseou a metralhadora usada para matar o chefão do narcotráfico
Dois homens suspeitos de participação no ataque ao narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, na semana passada, foram presos nesta sexta-feira (24) na região de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.
O brasileiro Renato Signoretti, 36, residente em Ponta Porã, e o paraguaio Mario Sergio Amaral Flores, 42, estavam em um Golf branco, placa LRA-7689, de Ponta Porã, usado para levar ao hospital de Pedro Juan, na noite de 15 deste mês, o brasileiro Sérgio Lima dos Santos, ex-soldado do Exército Brasileiro que manuseou a metralhadora antiaérea calibre 50, usada para perfurar a blindagem do Hummer blindado de Rafaat.
Sérgio Lima dos Santos foi ferido a tiros pelos guarda-costas de Rafaat e abandonado no hospital de Pedro Juan Caballero. Depois foi transferido para um hospital da cidade de Fernando de La Mora, a 9 km de Assunção, onde permanece internado sob escolta de policiais paraguaios.
De acordo com jornalistas da fronteira, Renato Signoretti é casado com a filha do traficante paraguaio Jarvis Chimenes Pavão, ex-sócio de Rafaat e suspeito de ter participado da trama para eliminar o chefe do narcotráfico na Linha Internacional.
Conforme os policiais que fizeram a prisão dos suspeitos, o Golf branco em que eles estavam foi gravado pelas câmeras do serviço interno de vigilância do hospital no momento em que deixavam Sérgio dos Santos, minutos após o ataque a Rafaat.
Signoretti negou envolvimento com o caso e disse ter comprado o Golf há uma semana e preparava a documentacao para fazer a transferência, informou foi o subcomissário Mario Quiñónez, da Polícia Nacional.