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Interior

Paraguai descarta ligação entre mortes no domingo e eliminação de Rafaat

Segundo o chefe de polícia do Departamento de Amambay, um dos homens assassinados em uma quadra de vôlei sofria ameaças

Helio de Freitas, de Dourados | 20/06/2016 08:58
Loja de pneus, de Jorge Rafaat, metralhada e queimada na madrugada de quinta (Foto: Helio de Freitas)
Loja de pneus, de Jorge Rafaat, metralhada e queimada na madrugada de quinta (Foto: Helio de Freitas)

A execução de três pessoas na noite deste domingo (19), na Vila Guilhermina, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, não tem ligação com a morte do chefão do narcotráfico na região, Jorge Rafaat Toumani, ocorrida na noite de quarta-feira (15) em uma operação cinematográfica que envolveu pelo menos cem pistoleiros e o uso de uma metralhadora antiaérea calibre 50.

A afirmação foi feita nesta segunda-feira (20) pelo chefe de polícia do Departamento de Amambay, Leoncio Ozuna, ao jornal ABC Color, o mais influente do Paraguai. Segundo ele, uma das vítimas sofria ameaças. Entre os dois presos após as execuções está uma mulher.

O brasileiro Fabio Villalba da Silva, 23, e os irmãos paraguaios Esteban Benítez Espinoza, 35, e Nelson Benitez Espinoza, 37, jogavam vôlei quando foram executados por quatro homens que estavam em um utilitário Toyota branco, com placa de Ponta Porã.

Depois do crime, policiais paraguaios localizaram os suspeitos e houve perseguição. Na fuga os pistoleiros colidiram o carro na parede de um bar, dois foram presos e outros dois conseguiram fugir para o lado brasileiro.

Suspeitos presos – Segundo Leoncio Ozuna, uma das vítimas, que não foi citada pelo policial, tinha sido jurada de morte ontem de manhã pelo pistoleiro Artemio Giménez Aguilar, 32, que foi preso junto com Lorena Colman Mirna Benitez, 28. Eles estão detidos em Pedro Juan Caballero.

"Houve uma discussão entre vítima e algoz. Um recebeu mensagem de texto em avisando que ele iria morrer", disse Ozuna.

Segundo o ABC Color, o comissário negou que o caso tenha ligação com o ataque contra Jorge Rafaat Toumani, morto no centro de Pedro Juan Caballero. Ele também disse que não houve nenhum outro ataque às empresas Rafaat, conforme tinha sido relatado pelo prefeito de Pedro Juan, José Carlos Acevedo.

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