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Interior

PMA apreende carga ilegal de madeira e multas chegam a R$ 1,8 milhão

Helio de Freitas, de Dourados | 09/10/2015 11:32
Carga de madeira ilegal apreendida pela PMA em assentamento no município de Anaurilândia (Foto: Divulgação/PMA)
Carga de madeira ilegal apreendida pela PMA em assentamento no município de Anaurilândia (Foto: Divulgação/PMA)

Um caminhão carregado com toras de madeira nativa ilegal foi apreendido pela PMA (Polícia Militar Ambiental) nesta quinta-feira (8), no assentamento Barreiro, município de Anaurilândia, a 367 km de Campo Grande.

De acordo com a PMA, policiais do destacamento de Bataguassu faziam fiscalização na região quando abordaram o caminhão, com placa de Nova Andradina, em uma estrada vicinal, a 30 km da cidade de Anaurilândia. A madeira era transportada com a autorização ambiental (Documento de Origem Florestal) irregular.

O caminhão transportava 11 metros cúbicos de madeira das espécies jatobá, faveiro, cumbaru e pau-d’óleo. A empresa proprietária da madeira, com domicílio em Anaurilândia, foi autuada administrativamente e multada em R$ 3.300.

A madeira e o veículo foram levados para a Delegacia de Polícia Civil em Anaurilâdia e os responsáveis pela empresa responderão por crime ambiental, com pena de seis meses a um ano de detenção.

Conforme a assessoria da PMA, os crimes contra a flora têm predominado nas ocorrências registradas em Mato Grosso do Sul, especialmente a exploração ilegal de aroeira. Os flagrantes ocorrem em propriedades rurais, principalmente em assentamentos.

Multas milionárias – Além do pecuarista autuado duas vezes em oito dias e o caso de ontem, do início de setembro até agora foram 17 autuações, com um total de R$ R$ 1.875.000,00 em multas.

No dia 4 de setembro, uma pessoa foi autuada por destruir matas ciliares de córrego no município de Campo Grande e foi multada em R$ 5 mil. Em Miranda, no mesmo dia, outro infrator foi multado em R$ 5 mil por degradar matas ciliares de um córrego no perímetro urbano.

Quatro dias depois, uma empresa de Ivinhema foi multada em R$ 1.711,000,00 por provocar incêndio em cana-de-açúcar, que saiu do controle e atingiu 87 hectares de matas ciliares de cursos d’águas e nascentes na propriedade. No mesmo dia, em Miranda, um fazendeiro foi multado em R$ 6 mil por armazenamento ilegal de aroeira.

Madeira e córrego – Em Costa Rica, no dia 13 de setembro, uma pessoa foi multada em R$ 21 mil por exploração ilegal de madeira. No mesmo dia, em Rio Negro, um infrator foi multado em R$ 5 mil por desvio de córrego, afetando as matas ciliares e outro foi multado em R$ 1.500,00 por armazenamento ilegal de madeira, em Corguinho. No dia 14 de setembro, um fazendeiro foi multado em R$ 24 mil por queima de pastagem.

No dia 15 de setembro, outra pessoa foi multada em R$ 10 mil por destruir matas protetoras de nascentes para a construção de um loteamento em Bonito.

No mesmo dia, um infrator foi autuado em R$ 3.300,00 com carga de madeira ilegal. No dia 24 de setembro uma carga de lenha foi apreendida em Costa Rica e o infrator multado em R$ 11 mil. No dia 28, uma pessoa foi multada em R$ 1 mil por desmatamento ilegal. No mesmo dia, uma fazendeira foi multada em R$ 9.800,00 por exploração ilegal de aroeira e outras madeiras em Bonito.

No dia 29 de setembro, no município de Bandeirantes, houve apreensão de várias madeiras no assentamento Matão, com aplicação de multa de R$ 35 mil contra o infrator. No dia 30, um infrator foi autuado em R$ 400,00 por poda radical de árvores, em Três Lagoas. No mesmo dia, uma pessoa foi multada em R$ 10 mil por degradação de mata ciliar, no município de Aquidauana.

Em outubro, além dessas duas infrações contra a flora praticadas pelo fazendeiro de Bonito, houve ainda uma autuação no dia 2, por incêndio de 16 hectares de vegetação no município de Nova Alvorada do Sul, quando foi aplicada multa de R$ 16 mil.

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