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Interior

Polícia Civil procura 2ª vítima de caso que terminou com morte de indígena

Márcio Moreira morreu após discussão com dois homens; amigo que estava com ele correu e não foi localizado

Silvia Frias | 15/07/2022 16:20
Márcio Rosa Moreira, 40 anos, morreu ontem, em Amambai. (Foto: Direto das Ruas)
Márcio Rosa Moreira, 40 anos, morreu ontem, em Amambai. (Foto: Direto das Ruas)

A Polícia Civil de Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande, está em busca da segunda vítima de caso que acabou na morte do indígena Marcio Rosa Moreira, 40 anos, ocorrida ontem. Testemunhas disseram que eles conversavam com outros dois homens quando os disparos foram ouvidos.

O crime aconteceu na tarde de ontem, na Rua Manoel Silveira Santos, no Residencial Anali. O corpo foi encontrado em uma construção abandonada e havia marca que seria de um disparo de arma de fogo.

Policiais civis e indígenas no local do cirme, ontem. (Foto: Direto das Ruas).
Policiais civis e indígenas no local do cirme, ontem. (Foto: Direto das Ruas).

Conforme a Polícia Civil, pelo menos duas pessoas, que são trabalhadores da construção civil, presenciaram o crime e foram ouvidas. Márcio Moreira chegou ao local de moto, com outro homem na garupa e se encontrou com outros dois, que também estavam de motocicleta. Após alguns minutos de conversa, foram ouvidos disparos. A vítima foi vista correndo e se escondendo na construção, morrendo no local.

Ainda segundo relato de testemunhas, o acompanhante da vítima correu para um matagal. Os outros dois homens, que seriam autores dos disparos, fugiram, um de moto e, o outro, a pé.

Uma mulher que compareceu no local do crime e se apresentou como tia de Moreira disse que ele teria sido contratado para realizar serviço de pedreiro no local, não sabendo informar se o contratante seria o autor do crime. Ela foi intimada a comparecer à polícia, mas ainda não foi localizada.

De acordo com informações da polícia, indígenas apontaram preso do regime semiaberto, de Amambai, como autor dos tiros. Ele não foi reconhecido pelas testemunhas, sendo liberado. O celular dele foi apreendido para ser periciado. Até agora, três pessoas foram ouvidas e a polícia inda realiza diligências para localizar a segunda vítima, que pode esclarecer as circunstâncias da discussão e quem são os homens.

A morte causou temor de que teria sido uma emboscada na região, onde indígenas e policiais envolveram-se em confronto no dia 24 de junho. Na ocasião, os guarani-caiuá e integrantes do BPChoque (Batalhão de Policiamento de Choque) entraram em confronto após ocupação da Fazenda Bordas da Mata.  O indígena Vito Fernandes, 42, foi morto a tiros no embate.


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