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Interior

Polícia e indígenas selam acordo e ponte incendiada é reconstruída

Maioria dos indígenas retornou para comunidade e militares do Choque para cidade

Por Lucas Mamédio e Helio de Freitas | 13/09/2024 18:19
Ponte de acesso à fazenda sendo reconstruída sob a supervisão da Polícia Militar (Foto: Polícia Militar)
Ponte de acesso à fazenda sendo reconstruída sob a supervisão da Polícia Militar (Foto: Polícia Militar)

Os indígenas do Território Cerro Marangatu, em Antônio João, a 319 de Campo Grande, entraram num acordo com a Polícia Militar para apaziguar os ânimos acirrados desde quinta-feira (12), quando dois indígenas foram feridos em confronto com os militares.

A PM alega que o conflito ocorreu porque os policiais tentaram impedir a invasão da sede da Fazenda Barra e também porque os indígenas atearam fogo numa ponte de madeira que dá acesso à propriedade.

Segundo o comandante do 4ª Batalhão da PM em Ponta Porã, tenente-coronel Edson Guardiano, ele, pessoalmente, comandou as negociações que resultaram no retorno de boa parte dos indígenas para a aldeia, bem como a ida dos militares do Batalhão de Choque para a cidade.

Ainda conforme o comandante, alguns poucos indígenas ficaram nos arredores da fazenda, motivo pelo qual alguns militares também permanecem no local, principalmente na sede e na ponte reconstruída. Como símbolo do acordo, um dos indígenas entregou um arco e flecha ao comandante Guardiano.

Na quinta-feira (12), pelo menos dois indígenas ficaram feridos com tiros de borracha em confronto com policiais militares na estrada de acesso à Fazenda Barra, uma das três propriedades sobrepostas ao território reivindicado há quase 30 anos pelos indígenas. As outras são a Fronteira e Morro Alto.

Como símbolo do acordo, um dos indígenas entregou um arco e flecha ao comandante Guardiano (Foto: Polícia Militar)
Como símbolo do acordo, um dos indígenas entregou um arco e flecha ao comandante Guardiano (Foto: Polícia Militar)

Liminar questionada - O advogado Anderson Santos chamou de “absurdo jurídico” a liminar da Justiça Federal que determina presença da Polícia Militar dentro da área disputada por fazendeiros e indígenas do Território Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João, fronteira com o Paraguai.

Assessor jurídico do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e da Aty Guasu, o advogado afirma que o interdito proibitório, concedido em setembro do ano passado pela Justiça Federal em Ponta Porã, legitima o uso da força policial para fins “estritamente particulares” e proteção de propriedade privada.

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