Polícia prende seis homens com arsenal e suspeita de grupo de extermínio
Envolvidos no roubo milionário presos nesta semana seriam os alvos, como “queima de arquivo”
A polícia paraguaia prendeu seis homens com armas automáticas na noite desta quinta-feira (15) e acredita que eles faziam parte de um grupo de extermínio com a missão de matar envolvidos no roubo milionário contra doleiros de Ciudad Del Este, no dia 5 deste mês.
Os investigadores suspeitam que o grupo, armado com pistolas e fuzis automáticos, tentaria assassinar os dois envolvidos no assalto que já foram presos, como “queima de arquivo”.
A prisão do grupo armado ocorreu em Iguazú, no departamento de Alto Paraná, a 180 km de Mato Grosso do Sul. Miguel Ángel Mansoni Mendoza, 36, Lorenzo Portillo González, 49, Juan Andrés Gómez, 42, Anderson Stiven Nunes Vargas, 24, Óscar Rubén Rodriguez Britez, 43, e Julio César Fretes Báez, 27, estavam com três escopetas calibre 12 automáticas e quatro pistolas 9 milímetros.
Para investigadores paraguaios, os homens se preparavam para atacar unidades da polícia onde estão presos Líder Ramon Ferreira Vera, 20, e o brasileiro Fabio Dornaldo de Moraes Schultz, 42, o “Gordinho”. Líder Ramon foi preso quarta-feira em Ciudad Del Este e Fabio foi capturado ontem de manhã em uma mata nos arredores de Capitán Bado, na fronteira com Coronel Sapucaia (MS).
Nesta sexta-feira (16), outro suspeito de participar do roubo foi preso. José Gabino Ramirez Adorno foi localizado na região de Presidente Franco. Com ele, a polícia paraguaia afirma ter encontrado evidências do plano para cavar o túnel de 180 metros, usado pelos ladrões para chegar à associação dos doleiros, de onde pelo menos 20 milhões de dólares teriam sido levados.
Buscas – Policiais paraguaios mantêm buscas na fronteira com Mato Grosso do Sul à procura de outro envolvido no assalto. Fabrizio Jonathan Álvarez Ayala, 25, estaria escondido no mesmo local onde Fabio foi preso, mas deixou a mata antes da chegada da polícia. Pelo menos 15 envolvidos no roubo já foram identificados.
A polícia paraguaia acredita que o roubo foi planejado e executado por facções criminosas brasileiras. Investigadores paraguaios afirmam que a maioria dos doleiros trabalha de forma clandestina, trocando dólares, reais e guaranis nos arredores de Ciudad Del Este, inclusive dinheiro do contrabando e do tráfico de drogas. Apenas dois cambistas registraram ocorrência sobre o roubo.
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