Policial civil investigado por tentar matar ex da namorada é preso
O investigador foi preso no município de Coronel Freitas, em Santa Catarina, em ação conjunta da Corregedoria e da PRF
Investigador lotado na Delegacia da Polícia Civil de Água Clara – a 198 quilômetros de Campo Grande – foi preso nesta quinta-feira (9) em Santa Catarina. Ele era procurado pela Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul por tentar matar o ex da namorada, em dezembro de 2017 na cidade de Coronel Sapucaia.
Sérgio Adriano Moraes Trindade foi preso em uma ação conjunta entre as equipes da corregedoria e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) no município de Coronel Freitas. Conforme a delegada Rosely Molina, o policial era investigado por infrações administrativas e também por uma tentativa de homicídio.
Na época, Sérgio estava na delegacia de Coronel Sapucaia, e conforme descrito no processo, perseguiu e efetuou vários disparos contra a caminhonete do ex da namorada. Para isso, usou um veículo com placas paraguaias que pertencia à mulher, que viveu por quatro anos com a vítima e estava há um com policial quando o crime aconteceu.
Por duas vezes a vítima reconheceu o investigador como autor dos tiros. Neste ano, a justiça de Amambai decretou a prisão preventiva do policial e também expediu mandados de busca e apreensão para a casa dele e para as delegacias de Coronel Sapucaia e Água Clara.
O investigador foi monitorado por 15 dias pelas equipes da corregedoria, que cumpriram os mandados de busca e apreensão e descobriram que Sérgio estava de férias, viajando para o sul do país. Com apoio da PRF, eles conseguiram prender o policial, que está no Presídio de Chapecó.
Ainda conforme a delegada, uma equipe irá buscar o investigador em Santa Catarina. Em Campo Grande, ele deve permanecer preso em uma cela da 3ª Delegacia de Polícia Civil.
“A corregedoria tem a função de fiscalização e correlacionar as ativadas de polícia judiciaria desenvolvidas pela instituição polícia. A gente faz um acompanhamento sistemático das atividades, objetivando cumprir as leis. Então quando há noticia de infração, a corregedoria é a primeira a tomar a frente e fazer as investigações, mesmo que a gente tenha que cortar a própria carne. Queremos que nossas equipes ajam com os princípios éticos que regem a Polícia Civil”, detalhou Molina.
O investigador ainda é apontado como o autor de disparos que atingiram a casa da antiga namorada dele em novembro de 2017, um mês antes do atentado. Nos dois crimes a polícia recolheu projéteis de pistola 9 milímetros e exames de balística comprovaram que saíram da mesma arma. Caso segue em investigação.