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Interior

Policial rodoviário federal acusado de facilitar contrabando é demitido

Demissão de Gervásio Jovane Rodrigues foi assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski

Por Helio de Freitas, de Dourados | 22/04/2024 09:50
Gervásio Rodrigues, que está preso por descumprir medida protetiva, foi demitido da PRF (Foto: Reprodução)
Gervásio Rodrigues, que está preso por descumprir medida protetiva, foi demitido da PRF (Foto: Reprodução)

O policial rodoviário federal Gervásio Jovane Rodrigues, 51, preso atualmente por descumprir medida protetiva e se aproximar da ex-companheira, foi demitido da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski, a portaria foi publicada no dia 17 deste mês no Diário Oficial da União.

Segundo o documento, a demissão foi adotada por infrações disciplinares (valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, e praticar atos de improbidade administrativa e incontinência pública).

Jovane foi preso em 2019 acusado de facilitar contrabando e descaminho. Ele foi flagrado pela própria PRF quando entregava carga de celulares contrabandeados, no Shopping Avenida Center, em Dourados. Afastado das funções na corporação, o agora ex-policial responde ao processo criminal na Justiça Federal.

Segundo a PRF, no momento da prisão, Jovane entregava os celulares para a amante dele. Na época, a mulher respondia a pelo menos 10 processos por contrabando e descaminho. Os dois passaram a viver juntos, mas o relacionamento acabou anos depois.

No dia 3 deste mês, Jovane Rodrigues foi preso preventivamente pela Polícia Civil por descumprir medida protetiva e se aproximar da ex-companheira, a mesma para quem entregava os celulares contrabandeados.

Ao cumprir o mandado na casa da mãe dele, em Ponta Porã, equipe da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Dourados encontrou 100 munições calibre 22 de origem estrangeira e o ex-policial foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

O artigo 12 do Estatuto do Desarmamento trata como mesmo crime a posse tanto de armas quanto de munições. Jovane usou o direito constitucional de permanecer em silêncio sobre a origem das munições. Ele continua preso.

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