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Interior

Por mais investimento na educação, indígenas mantém bloqueio na MS-156

Viviane Oliveira | 31/07/2014 08:58
O protesto começou ontem na MS-156, que liga Dourados ao município de Itaporã. (Foto: Marcos Ribeiro)
O protesto começou ontem na MS-156, que liga Dourados ao município de Itaporã. (Foto: Marcos Ribeiro)

Os indígenas mantém nesta manhã (31), bloqueio na MS-156, que liga Dourados ao município de Itaporã. A mobilização acontece no ponto que dá acesso a aldeia Jaguapiru. A comunidade protesta por mais investimentos na educação na reserva. Eles dizem que faltam até salas de aula, o que prejudica o atendimento à demanda de centenas de alunos.

O manifesto é também um movimento de apoio às reivindicações que levaram o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) a iniciar uma greve geral no dia 15 deste mês, que afeta toda a rede municipal de ensino de Dourados. Apenas ambulâncias estão sendo autorizadas a passar, e o grupo disse que não vai sair da rodovia até que o prefeito Murilo Zauith (PSB), se posicione com relação às reivindicações por melhorias na educação da reserva.

Na manhã desta quinta-feira, lideranças realizam uma assembleia para discutir os rumos da manifestação, mas garantem que nada muda até que a gestão municipal se manifestar sobre as reivindicações.

Segundo informações do gabinete da Prefeitura, o prefeito está em viagem a Campo Grande. A data de retorno não foi informada. Ontem, o secretário municipal de governo, José Jorge Filho, se manifestou sobre a mobilização indígena dizendo “não compreender” o bloqueio, pois na última segunda-feira Zauith se reuniu com lideranças e ouviu todas as reivindicações. Ele disse ainda que não há o que fazer de imediato, justamente, porque o prefeito está em viagem.

O município de Dourados tem hoje 800 crianças fora da escola nas séries iniciais, na Reserva Indígena. Os dados são de profissionais da Educação Escolar Indígena do Município que participam dos protestos na rodovia, de acordo com o site Dourados Agora.

Na semana passada, um grupo de indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó liberaram, depois de 4 dias de protesto, o trecho da Perimetral Norte que liga a avenida Guaicurus e a MS-156, em Dourados. A manifestação começou no domingo (20), após atropelamento da indígena Lenilza Nunes, que morreu no dia seguinte no hospital. As comunidades reivindicavam redutores de velocidade e a implantação de placas informando que nas margens da rodovia estão situadas aldeias indígenas.

Eles só liberaram a pista, após reunião com o governador André Puccinelli (PMDB), que prometeu instalar redutores de velocidade no local para evitar novos acidentes. O atropelamento da indígena foi o estopim para os índios terem bloqueado a estrada em forma de protesto. (Com informações, também, do site Dourados News).

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