ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Prefeito de Ponta Porã diz que cidade já está "empilhando corpos"

Conforme ele, funerárias não têm tido tempo de preparar os corpos para sepultamento

Lucia Morel | 07/06/2021 19:27
Câmara fria no HR de Ponta Porã. (Foto: Ponta Porã Informa)
Câmara fria no HR de Ponta Porã. (Foto: Ponta Porã Informa)

De quatro a seis mortes por covid-19 ocorrem todos os dias em Ponta Porã e com isso, o Hospital Regional do município, segundo o prefeito Hélio Peluffo (PSDB), tem “empilhado corpos”.

Segundo o prefeito, em vídeo que circula nas redes sociais e filmado pelo portal Fronteira em Foco, o caos visto em outros locais do Brasil ocorre hoje em Ponta Porã, sendo que as funerárias não têm tido tempo de preparar os corpos para sepultamento devido à alta demanda.

Peluffo cita ainda que o Hospital Regional estaria empilhando corpos em câmara fria – que foi instalada ontem – e que é usada no lugar de necrotério e segundo ele, isso ocorreria devido o alto número de mortes.

O diretor-geral do hospital, Demétrius do Lago Pareja, confirma que tem havido aumento na quantidade de óbitos decorrentes de covid-19, mas nega que haja empilhamento de corpos.



Ele explica que a instalação da câmara fria decorre da necessidade de separar um local específico para os corpos de quem morre de covid e assim, o necrotério será usado apenas nos casos de pacientes que não morreram da doença.

“Instalamos a UTI Covid e a separamos do restante do hospital. A câmara fria está sendo usada exclusivamente pela ala covid”, explica. Segundo ele, apesar do aumento, a liberação dos corpos segue “fluxo normal”.

A reportagem entrou em contato com funerárias que atuam na cidade, mas nenhuma delas quis se manifestar sobre as declarações do prefeito nem sobre o aumento no número de óbitos.

Apesar da situação, o município está adotando apenas o toque de recolher entre 20h e 05h, mas não aplicou lockdown em nenhum momento. Segundo relatos de quem vive na região, apesar das palavras duras do prefeito, a fiscalização é frágil, com moradores do município cruzando a fronteira para frequentarem bares de Pedro Juan.

Nos siga no Google Notícias