Prefeito grita com servidores em hospital e é investigado por assédio moral
Ata redigida e assinada por 22 trabalhadores informou ao MP que eles ficaram "emocionalmente abalados"
Alvo de mais uma polêmica e investigação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (DEM), agora pode ser acusado de assédio moral caso inquérito entenda que houve dolo em sua atitude com servidores do hospital da cidade.
No último dia 17 de março, por volta das 18h30, ele teria ido até o Hospital Municipal de Ivinhema, em vistoria, agredido verbalmente os funcionários e cobrando celeridade nos atendimentos.
Ata redigida e assinada por 22 trabalhadores que se sentiram atacados e revoltados com a impostura, informou ao MP que todos ficaram “emocionalmente abalados” com a visita pouco proveitosa do gestor municipal ao local. “O mesmo estava irritado e falando palavras de baixo calão pelos corredores”, cita o documento, em relação ao prefeito.
Diz ainda a ata, encaminhada à 2ª Promotoria de Justiça de Ivinhema, que o prefeito entrou no hospital em busca de paciente e queria saber o horário em que este havia dado entrada no local e por que ainda não havia sido atendido. Também questionou sobre as emergências do dia e sobre demoras na prestação dos serviços.
Servidores do plantão posterior, que entraram às 19 horas, também redigiram ata relatando como os colegas do plantão anterior foram encontrados: “abalados emocionalmente, chorosos, trêmulos”. Comentaram também sobre os pacientes, que ficaram agitados e exigindo atendimento rápido, mesmo medicados.
O inquérito visa "apurar a denúncia de possível assédio moral, ocorrido em 17/03/2022, nas dependências do Hospital Municipal de Ivinhema".
A reportagem entrou em contato com o prefeito, que não respondeu aos questionamentos. O hospital também foi acionado, mas ninguém atendeu aos telefonemas.