Preso famoso e chefes de facções são transferidos em dia de pente-fino na PED
Aldo Brandão e 15 presos considerados “lideranças negativas” foram levados de Dourados para a Gameleira
Pelo menos 16 presos considerados chefes de facções e “lideranças negativas” foram transferidos nesta quarta-feira (13) da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) para a Penitenciária Estadual de Regime Fechado da Gameleira, em Campo Grande.
A reportagem apurou que entre os transferidos está Aldo José Marques Brandão, o “Sheik”, condenado por tráfico de drogas e com pena a cumprir até 2037.
As transferências ocorreram durante operação comandada pelo Cope (Comando de Operações Penitenciárias), formado por policiais penais especializados em ações de intervenção, escoltas de alto risco e revistas de segurança nos presídios estaduais.
Pavilhões ocupados por presos ligados a facções criminosas passaram por pente-fino e grande quantidade de material irregular foi apreendido, incluindo bombas caseiras, celulares e facas artesanais. Há informação de que até uma granada foi apreendida, não confirmada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
Segundo apurado pelo Campo Grande News, além de Aldo Brandão, entre os transferidos estão Marcos Merlon, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Raio II, e Roberto Bartolomeu Pereira da Silva, o ”Bó", “voz” (líder) da chamada “oposição”, que ocupa o Raio III.
Oito presos ligados ao PCC deram entrada na Gameleira I e os oito da chamada “oposição”, entre eles Aldo Brandão, foram para a Gameleira II.
Segundo fontes ligadas à segurança pública, a operação teve como objetivo a transferência das “lideranças negativas” e apreender armas de fogo. Entretanto, nenhum armamento foi encontrado.
A Agepen confirmou a transferência de 16 presos e alegou que a medida faz parte da “ação de segurança” dentro dos presídios de MS, mas não divulgou nomes dos transferidos.
Sobre a suposta granada, a Agência informou que foi encontrado recipiente suspeito, mas o Bope (Batalhão de Operações Especiais) avaliou o material e descartou se tratar de artefato artesanal explosivo.
A reportagem apurou ainda que o diretor da PED, Antônio José dos Santos, foi convocado até a sede da Agepen em Campo Grande, para prestar esclarecimentos sobre situações encontradas durante a operação de hoje. A Agência não confirmou essa informação.
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