Preso por matar filho, lutador de MMA é alvo de linchamento virtual
Joel Rodrigo Ávalo, o “Joel Tigre”, participa de competições oficiais de MMA; outra acusada, mulher dele também é lutadora
“Lixo”, “verme”, “monstros”, “matar inocente é fácil, não é seus lixos?”. Essa é a reação dos internautas que invadiram as redes sociais para demonstrar a revolta contra Joel Rodrigo Ávalo Santos, 24, e Jessica Leite Ribeiro, 21, presos pela morte de um menino de um ano e três meses, ocorrida ontem (16) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
“Você e aquela vadia judiaram e mataram o seu próprio filho, um bebê indefeso, como teve coragem? Você deveria proteger, cuidar dele, mas não fez nada disso seu monstro”, escreveu uma internauta na página de Joel Tigre no Facebook.
“Assassinos, covardes. Vocês são monstros”, escreveu outra moradora. “Que vocês dois encontrem o que merecem juntos, dois lixos, duas pragas”, escreveu outra internauta nos comentários de uma foto do casal postada na rede social.
Atleta profissional de MMA, Joel Tigre, como o rapaz é conhecido no octógno e nas academias da cidade, é pai do menino Rodrigo Moura Santos, que morreu ontem enquanto estava sob os cuidados da madrasta, Jessica Ribeiro, também praticante de MMA. No ano passado, Joel Tigre ganhou o cinturão de ouro na categoria até 77 quilos em evento de MMA em Corumbá.
Hoje de manhã, Joel foi levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Jessica permanece em uma cela na 1ª Delegacia de Polícia, esperando vaga em algum presídio feminino da região.
Agora à tarde os dois serão levados ao Fórum de Dourados para a audiência de custódia. O juiz poderá transformar o flagrante em prisão preventiva ou determinar a soltura do casal.
O bebê morreu na casa onde Joel mora com Jessica, na Rua Presidente Kennedy, no Jardim Márcia, região leste da cidade. A mãe da criança tinha a guarda do filho, mas havia deixado Rodriguinho com o pai.
Além dos hematomas na cabeça, constatados por socorristas do Samu (Serviço Móvel de Urgência), a criança teve trauma no tórax e laceração no fígado, o que comprovam as agressões. A causa da morte foi choque hemorrágico provocado por agressão externa, segundo o delegado Marcelo Batistela Damaceno, titular da 2ª Delegacia de Polícia, responsável pela área onde ocorreu a morte.
Joel e Jéssica negam a violência. Eles sustentam a versão de que a criança teve convulsões e os hematomas teriam sido provocados durante a tentativa da mulher em reanimar o enteado.