“Quem regula preço dos combustíveis no Brasil é a Petrobras”, diz governador
Reinaldo rebateu críticas atrelando alto preço do petróleo ao ICMS cobrado pelos Estados
Alvo de críticas de simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro - assim como outros governadores brasileiros – por causa do alto preço dos combustíveis, Reinaldo Azambuja lembrou hoje (30), em Dourados, que o valor dos derivados de petróleo é regulado pela Petrobras.
“Quem regula o preço dos combustíveis no Brasil chama Petrobras. Nunca se aumentou tanto e é muito claro, porque [o preço] é atrelado ao dólar. Quando o dólar dispara e sai de 3,20 para 5,40, 5,50, é o preço que estamos pagando”, afirmou Reinaldo em entrevista coletiva, antes de iniciar a agenda de vistoria e entrega de obras.
O governador citou que já baixou o ICMS do diesel de 17% para 12%. “A menor alíquota do País hoje, é de Mato Grosso do Sul”, afirmou. Entretanto, segundo ele, a Petrobras subiu muito o preço da gasolina e do gás de cozinha e isso tem causado impacto para o consumidor.
“Não adianta querer empurrar para baixo do tapete. Tem que dizer que a Petrobras aumenta gradativamente, toda semana, o preço da gasolina, do gás de cozinha, do diesel. O ICMS em comparação ao preço que a Petrobras adota é muito pequeno”, disse Reinaldo.
Segundo o governador sul-mato-grossense, a Petrobras teve lucro de R$ 40 bilhões. “Isso é decisão política. Não quero dizer se o presidente [Bolsonaro] vai ter eu intervir ou não na Petrobras para diminuir o lucro. Em MS, fizemos a nossa parte: reduzimos o ICMS do diesel e do álcool. Baixamos do álcool e aumentamos da gasolina, porque somos produtores de álcool, energia limpa”.
Ainda sobre o momento crítico da política nacional devido à crise entre os poderes, Reinaldo disse que a hora é de discutir as reformas que o País precisa.
“Precisamos de ampla reforma tributária. Nós, os governadores, somos favoráveis a uma mudança tributária, até fomos favoráveis à unificação do ICMS, ISS, PIS e Cofins em imposto único. Essa pauta está no Congresso. Precisa saber se vai ter condições de andar com essa contaminação pela agenda política e tensionamento dos poderes”, afirmou.