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Interior

"Queremos respostas", diz irmão de capataz morto com 3 tiros no Pantanal

Adriano Fernandes | 19/04/2022 23:52
Jamil Lima da Costa foi assassinado com 3 tiros. (Foto: Arquivo Pessoal)
Jamil Lima da Costa foi assassinado com 3 tiros. (Foto: Arquivo Pessoal)

O medo da impunidade torna ainda mais aflitivo o luto da família do trabalhador rural Jamil Lima da Costa, de 69 anos, que foi encontrado morto com três tiros na região pantaneira do Nabileque, em Corumbá a 428 quilos de Campo Grande, no fim da tarde da última sexta-feira (15). Passados quatro dias que o corpo foi localizado o principal suspeito do crime, conhecido como Gaúcho, sequer teria sido ouvido pela polícia, segundo a família.

“Nós queremos respostas, informações precisas sobre o que de fato aconteceu, porque essa espera é um descaso muito grande com a família”, desabafa o empresário Ernesto Lima da Costa, irmão da vítima. Jamil estava trabalhando há cerca de 90 dias como capataz na fazenda onde conheceu o colega. Conforme Ernesto, apesar dos indícios de participação no crime, Gaúcho segue levando uma vida normal na propriedade onde teria ocorrido o assassinato. A informação inicial, no entanto, era de que o suspeito fugiu da fazenda no mesmo dia em que o corpo foi localizado.

“A fazenda fica próximo da fronteira com a Bolívia. Ele é o principal suspeito do crime, já se passaram quatro dias desde que o corpo foi encontrado e ele segue lá, nem um mandado foi expedido contra ele”, lamenta. Ernesto também cobra uma investigação mais detalhada, para esclarecer outras “pontas soltas” sobre o homicídio. Dois dias antes de ser encontrado morto, a informação divulgada pelos moradores locais era de que o capataz havia desaparecido enquanto pescava.

Por fim, policiais e bombeiros acabaram encontrando o capataz morto com três tiros. “Ele (suspeito) tentou sumir com o corpo do meu irmão, para que não houvesse prova nenhuma do crime. Até o dono da fazenda confirmou a informação de desaparecimento”, completa. Além de justiça, o empresário cobra respostas.

“Não sei o que pode ter motivado esse crime. Ele não tinha desavenhas com ninguém, era uma pessoa muito sensata, não era de confusão”, conclui. O homicídio do idoso está sendo investigado pela 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil) de Corumbá. A reportagem entrou em contato com o delegado Nicson Lenon da Cruz Galisa, responsável pelo caso e aguarda retorno.

Desaparecimento e morte - Jamil não era visto desde o dia 14 e foi localizado na noite do dia seguinte, sexta-feira (15), na margem do Rio Paraguai, no Pantanal do Nabileque. “Quando chegamos à fazenda, o suspeito se embrenhou no mato e fugiu”, disse o tenente do Corpo de Bombeiros, Hélio Silva, ao Campo Grande News, no último sábado (16). As buscas foram realizadas por bombeiros e policiais. Duas testemunhas apontaram Gaúcho como suspeito.

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