Quinto mandado de prisão é cumprido e fazendeiro vai para penitenciária
Dionei Guedin também teve a prisão preventiva decretada, mas não foi encontrado na quinta-feira porque estava viajando
O MPF (Ministério Público Federal) informou que foi cumprido na tarde desta segunda-feira (22) o mandado de prisão preventiva do fazendeiro Dionei Guedin, um dos cinco acusados pelo ataque que deixou seis índios feridos eu morto, no dia 14 de junho deste ano em Caarapó, a 283 km de Campo Grande.
A prisão preventiva de Guedin e dos agropecuaristas Jesus Camacho, Virgílio Mettifogo, Eduardo Yoshio Tomonaga, o “Japonês”, e Nelson Buainain Filho, dono da fazenda Yvu, onde ocorreu o ataque, foi decretada no dia 5 de julho pelo juiz da 2ª Vara Federal em Dourados, Leandro André Tamura, a pedido do MPF (Ministério Público Federal), e cumprida na quinta-feira (18).
Entretanto, Guedin não foi encontrado porque estaria viajando. O advogado dele, Maurício Rasslan, disse que o fazendeiro iria se apresentar. O MPF não revelou se ele se apresentou ou se foi preso pela PF. Rasslan não atendeu à ligação e nem respondeu ao recado deixado em seu celular.
De acordo com a assessoria do MPF, assim como Camacho, Mettifogo, Tomonaga e Nelson Buainain Filho, Dionei Guedin foi levado para a penitenciária estadual de Dourados.
A prisão dos ruralistas faz parte da força-tarefa “Avá Guarani”, desencadeada para investigar o ataque armado que resultou em seis índios feridos a tiros e na morte do agente de saúde indígena Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, 26, alvejado por disparos na barriga e no peito.
“De acordo com as investigações, os fazendeiros teriam envolvimento direto com o ataque e podem incorrer nos crimes de formação de milícia privada, homicídio, lesão corporal, constrangimento ilegal e dano qualificado”, afirma o MPF.