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Interior

Remédios falsos trazidos para a Capital eram pedidos por estudantes no Paraguai

Estudantes de mecidina entravam em contato com farmácias no país vizinho para vender os medicamentos

Izabela Cavalcanti | 17/11/2022 11:53


A operação Autoimune deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (17), contava com ajuda de estudantes de medicina, que entravam em contato com farmácias e outros distribuidores no Paraguai para que vendessem os medicamentos falsos para ser levado para Campo Grande e Cuiabá. A informação foi repassada pelo delegado regional de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Federal de Mato Grosso, Jorge Vinícius Gobira Nunes.

“Verificou-se ao longo da investigação que existiam quatro principais núcleos: o núcleo de fornecedores, que inicialmente se constituiu com estudantes de medicina do Brasil, residentes do Paraguai, e que contatava farmácias e outros distribuidores no país vizinho para que vendessem medicamentos que eram trazido até Campo grande e Cuiabá pelo núcleo dos transportadores”, explicou.

Ainda de acordo com Gobira, tinha também o núcleo dos intermediadores que promoviam o comércio varejista em todo o território nacional e os compradores, que eram pessoas que compravam em larga escala para posterior pulverização desses medicamentos para hospitais e instituições de saúde.

Esses medicamentos chegaram em 65 municípios para mais de 100 instituições de saúde, em 16 estados diferentes.

Operação - A operação tem como objetivo desmontar esquema clandestino de importação e comercialização de medicamentos falsificados e de origem estrangeira. Em 10 meses, o grupo movimentou cerca de R$ 4 milhões.

De acordo com dados da Polícia Federal, as investigações começaram com a apreensão de várias caixas de medicamentos de origem argentina, contendo o princípio ativo “Neostigmina” (indicado em várias doenças que atingem os músculos), no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Na ocasião, a pessoa não apresentou documentação que comprovasse a entrada regular no Brasil.

São cumpridos 33 mandados, 32 de busca e apreensão e 1 de prisão preventiva em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Mato Grosso.

As cidades com mandados são: Cuiabá, Ponta Porã, Campo Verde, Fernandópolis, Goiânia, Abadia de Goiás, Marília, Ocauçu, Vila Velha, Angra dos Reis e Campo Grande.

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