Réu por lavar dinheiro do tráfico, empresário ganha liberdade após 4 meses
Claudinei Tolentino Marques, de Dourados, terá de cumprir medidas cautelares
A Justiça Federal concedeu liberdade provisória ao empresário Claudinei Tolentino Marques, um dos investigados no âmbito da Operação Prime. Réu por lavagem de dinheiro e organização criminosa por suposta ligação com esquema internacional de tráfico de drogas, ele foi solto ontem (3).
Foto postada em rede social pela esposa dele, horas após a liberdade, mostrou Claudinei em um restaurante de Campo Grande, aparentando estar bem mais magro.
Claudinei é dono de empresas em Dourados, a 251 km de Campo Grande, e foi preso junto com outros investigados no dia 15 de maio deste ano. Ele estava na Penitenciária da Gameleira 2, na Capital.
No final de agosto, o empresário e outras 12 pessoas se tornaram réus por decisão da juíza substituta da 5ª Vara Federal em Campo Grande, Franscielle Martins Gomes Medeiros.
Conforme investigação da Polícia Federal e a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), Claudinei seria ligado aos irmãos Marcel Martins da Silva e Valter Ulisses Martins da Silva, supostamente os líderes da organização.
Também dono de empresas em Dourados, Marcel está preso e Valter Ulisses segue foragido. Eles foram denunciados por tráfico, mas essa parte da denúncia do MPF foi rejeitada pela juíza e os irmãos seguem respondendo apenas por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Também preso na mesma operação, o irmão de Claudinei, o empresário paulista Luiz Antonio Tolentino Marques já havia sido solto pelo desembargador Ali Mazloum, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região.
Apesar de ser acusado pela PF de movimentações milionárias consideradas suspeitas, Luiz Antonio não foi incluído na denúncia do MPF. A defesa dele afirma que todas as transações envolvendo o irmão Claudinei foram legítimas.
Em nota enviada ao Campo Grande News, o advogado de Claudinei Tolentino, Luiz Gustavo Battaglin Maciel, informou que o empresário terá de cumprir medidas alternativas e responderá ao processo em liberdade.
“A defesa enfatiza que, desde o começo, já insistia que a prisão era desnecessária, de vez que Claudinei é empresário, sem nada a ocultar da Justiça e, agora, demonstrará a sua inocência na ação penal”, afirmou o defensor.
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