Rodovia estadual tem outro bloqueio, agora em protesto contra acidentes
Manifestação começou por volta de 4h da madrugada no acesso ao Distrito Industrial, onde acidentes com morte são constantes
Moradores bloqueiam desde 4h da madrugada desta quinta-feira a rodovia MS-156, no acesso ao Distrito Industrial de Dourados, a 233 km de Campo Grande. É a segunda interdição da mesma rodovia, que desde a manhã de terça-feira (1º) está fechada por universitários indígenas no trecho entre Dourados e Itaporã.
O protesto desta quinta-feira (3) ocorre na região do Jardim Guaicurus, no trecho entre o chamado “Trevo do DOF” na BR-163 e o Distrito Industrial, onde funcionam dezenas de agroindústrias.
Os moradores cobram mais segurança na estrada, marcada por acidentes com mortes. A mais recente ocorreu domingo à noite. Morador de 64 anos foi atropelado e morreu na hora quando tentava atravessar a rodovia. Neste ano, 46 pessoas já morreram em acidentes de trânsito em Dourados.
Além do Jardim Guaicurus e outros residenciais, a região onde ocorre o bloqueio tem pelo menos quatro grandes conjuntos habitacionais construídos nos últimos cinco anos. O movimento de carros, motos, bicicletas e pedestres triplicou na estrada, único acesso a esses bairros.
Os moradores prometem manter a rodovia bloqueada até haver compromisso das autoridades políticas de melhorias, como sinalização da via, implantação de mureta no meio da pista para evitar retorno de veículos em qualquer ponto da estrada, faixa elevada para passagem de pedestres e duplicação do trevo até o Distrito Industrial.
Lizandra Roberta Montezelle Borges, presidente da Associação de Moradores do residencial Dioclécio Artuzi 1, I e III, afirma que na região moram pelo menos 20 mil pessoas, que cobram providências dos governos municipal e estadual para acabar com as mortes nos acidentes.
Estudantes - Desde 8h de terça-feira, a MS-156 está interditada entre Dourados e Itaporã por estudantes indígenas. Eles cobram da prefeitura a retomada do transporte de 140 acadêmicos. A prefeitura alega que não tem obrigação legal de prestar o serviço, já que o dinheiro recebido do Estado e da União é para atender alunos da educação básica.