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Interior

Sem acordo sobre reajuste, professores fazem outra greve de um dia na 4ª

Sindicato dos educadores afirma que município tem dinheiro para conceder reajuste do piso nacional aos administrativos

Helio de Freitas, de Dourados | 09/07/2018 11:59
Educadora entrega folheto a motorista durante protesto em Dourados (Foto: Divulgação)
Educadora entrega folheto a motorista durante protesto em Dourados (Foto: Divulgação)

Educadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, fazem mais um dia de greve na quarta-feira (11) como protesto à falta de um acordo com a prefeitura sobre o reajuste salarial dos servidores administrativos da educação. Será a terceira paralisação de um dia em menos de um mês.

De acordo com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), o movimento continua porque não houve avanço na negociação com a prefeitura para a valorização dos administrativos.

Na quarta às 8h os educadores vão mais uma vez se concentrar no CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (PR), para protestar contra a decisão da prefeitura de não conceder aos administrativos o mesmo índice de reajuste dado aos professores.

Também haverá panfletagem nos bairros, para informar aos pais e estudantes sobre os motivos da paralisação. “O movimento está demostrando para a população que o orçamento municipal da educação apresenta saldos positivos e questionando como estão sendo aplicados esses recursos no ensino público”, afirma o Simted.

Conforme o sindicato, o município de Dourados vem recebendo regularmente os recursos que obrigatoriamente devem ser aplicados na educação para valorização dos grupos magistério e administrativo.

A contraproposta dos educadores feita à prefeitura inclui criação de um adicional de 4,13% para o administrativo educacional com valores retroativos a abril deste ano; formalização, com data estabelecida em lei, para o reajuste de 7,64% referente a 2017 para o magistério e incorporação do mesmo índice (7,64%), referente a 2017, para os servidores administrativos.

A prefeitura afirma que Dourados aparece no ranking da Fetems como um dos 36 municípios de Mato Grosso do Sul que cumprem a Lei do piso salarial nacional, fixado para 2018 pelo Ministério da Educação em R$ 2.455,35 para jornada de 40 horas semanais.

Segundo a assessoria de Délia Razuk, um professor da rede municipal de ensino de Dourados com curso superior recebe R$ 4.588,95 pelas mesmas 40 horas pelas quais o MEC manda pagar R$ 2.455. Por 20 horas semanais trabalhadas, o menor salário no município é de R$ 2.294,42.

“Como o piso salarial nacional é exigido apenas para professores com ensino médio – o que sindicalistas da área da educação de Dourados também não explicaram e nem informam durante os manifestos realizados na cidade – a prefeitura lembra que, nesse caso, o menor salário praticado está em R$ 2.982,75 (também maior que os R$ 2.455) por 40 horas semanais de jornada”, alega o município.

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