Sem combustível e merenda, prefeitura suspende aulas em Vicentina
Prefeito disse que servidores têm dificuldade para chegar às escolas, que estão até sem gás para preparar alimentação servida aos alunos
O município de Vicentina, a 255 km de Campo Grande, é mais um a suspender as aulas por causa da greve dos caminhoneiros. A medida foi anunciada hoje (29) pelo prefeito Marquinhos do Dedé (MDB). Segundo ele, a falta de combustíveis atinge o transporte escolar, os professores não conseguem chegar às escolas para trabalhar, faltam alimentos para a merenda escolar e até gás para preparo da comida. Dourados e Caarapó tinham paralisado as aulas ontem.
“Já estamos sentindo na pele os reflexos dessa manifestação, que ao nosso ver, é de suma importância para que sejam atingidos os anseios da população”, afirmou o prefeito em nota encaminhada pela assessoria de imprensa após reunião com assessores da área de educação. A suspensão das aulas é por tempo indeterminado.
Segundo o prefeito, o desabastecimento causa também a falta de frutas, verduras e leite, principalmente para a educação infantil. “Das Escolas municipais, duas são rurais, de difícil acesso, com 90% do corpo docente e administrativo morando em outras localidades, não havendo mais possibilidades de deslocar-se para o local de trabalho”.
Marquinhos do Dedé disse que nas escolas de difícil acesso pelo menos 60% dos estudantes são da zona rural e muitos saem de casa muito cedo e sem se alimentar. “A merenda escolar torna-se indispensável para esses estudantes”.
Nas unidades de educação infantil os alunos de Vicentina recebem seis refeições diárias, incluindo frutas, leite, pão, bolo, almoço e janta, mas as escolas estão sem gás de cozinha para o preparo, já que o produto continua em falta na cidade de 6 mil habitantes.