Sem negociação, greve dos professores municipais segue nesta sexta
A greve dos professores municipais, em Dourados, distante 233 quilômetros de Campo Grande, segue nesta sexta-feira (25), sem negociação. Hoje, a categoria fez carreata e buzinaço nas principais ruas da cidade. Eles intensificaram as manifestações para pressionar um acordo com a Prefeitura. A mobilização já dura dez dias e há uma semana as aulas começaram.
Em abril deste ano, a Prefeitura formalizou um acordo onde havia decidido a implantação do piso nacional de R$ 1.697 para um carga horária de 40 horas. No entanto, a categoria reivindica uma política municipal de valorização que eleve gradualmente, em quatro anos, esse valor para um carga horária de 20h.
Na segunda-feira (21), a Câmara Municipal aprovou reajuste de 8,31% para professores e de 6,15% para funcionários administrativos a partir de julho. Os retroativos de abril, maio e junho serão pagos em agosto, setembro e outubro, segundo o projeto.
O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação em Dourados), no entanto, segue com as reivindicações do piso de 20h e a inserção do pessoal de administrativo no plano de carreira. Na manhã de ontem, os servidores fizeram manifesto em frente a Prefeitura, mesmo sabendo que o prefeito, Murilo Zauith (PSB), está em viagem no Paraguai.
Segundo o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo, a ausência do prefeito não interfere a agenda da greve e a movimentação é necessária justamente para que ele aceite se reunir com os grevistas quando retornar à cidade.
De acordo com o site Dourados Agora, grande parte das escolas municipais de Dourados seguem sem aula. Na ativa estão apenas os professores contratados que estão, pelo menos a maioria, em Ceinfs (Centro de Educação Infantil).
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que, por enquanto, não tem nada programado com o Simted, porém, o órgão lembra que o prefeito sempre recebeu o sindicato e conversa com a categoria sobre o piso salarial de 20h desde o ano passado.
Para a secretaria, a greve é uma manobra política do sindicato e não há como conceder o piso de 20h, que significaria dobrar o salário, na opinião dela.