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Interior

Sem-terra e caminhoneiros se unem em protesto contra governo do Paraguai

Pelo menos cinco mil campesinos da fronteira com MS seguem para Asunción para marcha amanhã

Helio de Freitas, de Dourados | 23/03/2022 17:35


Trabalhadores rurais sem-terra e pequenos lavradores, chamados no Paraguai de campesinos, receberam hoje (23) o apoio de caminhoneiros paraguaios no protesto nacional que acontece todos os anos contra o governo do país vizinho. A 28ª edição da Marcha Campesina acontece amanhã na capital Asunción.

Nesta terça-feira, pelo menos cinco mil campesinos dos departamentos de Concepción, Canindeyú e San Pedro seguiram para Asunción, para participar da marcha. Os dois primeiros fazem fronteira com Mato Grosso do Sul e o terceiro fica 50 km da linha internacional.

Muitos seguem em carrocerias de caminhões, apoiados pelos caminhoneiros que desde a semana passada protestam contra o governo do presidente Mario Abdo Benítez por causa da alta dos combustíveis.

O governo paraguaio chegou a reduzir o valor da gasolina e do diesel nos postos da Petropar (a estatal de petróleo do Paraguai), mas os motoristas de caminhão cobram o fim de imposto que incide sobre os combustíveis.

As principais bandeiras da Marcha Campesina neste ano é a derrubada da chamada Lei Zavala-Riera e políticas de incentivo aos pequenos produtores. Segundo os campesinos, a lei criminaliza a ocupação de terras improdutivas.

Campesinos de regiões próximas à fronteira sobem em caminhões para chegar à capital (Foto: ABC Color)
Campesinos de regiões próximas à fronteira sobem em caminhões para chegar à capital (Foto: ABC Color)


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