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Interior

Sem Terra param rodovias com panfletagem de apoio a professores

Caroline Maldonado | 03/06/2015 12:12

Com mensagens sobre a educação pública e a reforma agrária popular, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Mato Grosso do Sul) bloqueiam duas rodovias nesta manhã para entregar panfletos. Os condutores são abordados no km 140 da BR-267, no distrito de Casa Verde e no km 409, da BR-262, em Terenos e a passagem é liberada aos poucos.

Com cerca de 200 militantes, o movimento dá apoio aos professores e administrativos da educação de Mato Grosso do Sul, que estão em greve desde o dia 27 de maio, segundo Jonas Carlos da Conceição, integrante da direção nacional do MST.

"O MST tem uma história na luta pela educação pública de qualidade, por isso estamos com essa ação hoje, em solidariedade ao movimento que está em greve, batalhando por valorização e direitos trabalhistas. Queremos um estado que respeite os seus educadores e educadoras, que entenda que só é possível construir uma sociedade melhor, se o ensino público de qualidade for a base do desenvolvimento com justiça social", argumenta Jonas.

Para o militante, o campo não pode ser apenas um lugar para o agronegócio. "Nossa batalha constante e histórica é por uma educação no campo que possibilite que os sujeitos envolvidos com a lida diária da terra tenha a consciência e a oportunidade de lutarem por direitos coletivos, debaterem a forma, os conteúdos dentro de uma proposta educacional que forme pessoas críticas e transformadoras de suas realidades", sustenta.

O movimento quer atenção diferenciada do poder público para as escolas rurais, conforme um dos dirigentes do MST em MS, Dinho Lopes. "A realidade da comunidade camponesa é totalmente diferente da urbana, precisamos que o ensino em assentamentos seja voltado ao desenvolvimento de valores cooperativos entre crianças, jovens e adultos, políticas públicas voltadas para uma educação mais crítica, transformadora e emancipadora", diz. Além da reivindicação pela reforma agrária, paralisada no estado há cinco anos, o movimento quer a reestruturação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

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