Servidores do HU e da UFGD aprovam greve a partir de sexta-feira
Paralisação foi aprovada nesta terça-feira por representantes de pelo menos 950 funcionários da maior universidade do interior de MS
Os técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e do HU (Hospital Universitário) de Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, vão entrar em greve na sexta-feira, dia 29. A paralisação faz parte de movimento nacional e foi aprovada em assembleia na manhã desta terça-feira em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
As principais reivindicações da categoria são reposição salarial de 27,3%, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição de salário, suspensão dos cortes orçamentos das instituições de ensino, fim da terceirização e melhoria de outros benefícios, como auxílio-alimentação.
Médicos e enfermeiros – De acordo com o coordenador geral do Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais), Cleiton Rodrigues de Almeida, são pelo menos 950 servidores quem podem aderir à paralisação. Entre eles estão todos os funcionários dos setores administrativos da universidade e do hospital e profissionais de nível superior, como médicos e enfermeiros.
A paralisação aprovada hoje não inclui os cerca de 300 servidores do HU contratados pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e os docentes da UFGD. Entretanto, essas duas categorias também podem entrar em greve nos próximos dias. Os professores fazem assembleia hoje à tarde.
Sem avanço – Cleiton de Almeida informou ao Campo Grande News que a negociação é feita pelo comando nacional de greve e pela federação dos servidores diretamente com os ministérios da Educação e do Planejamento. “Já ocorreram várias reuniões, mas até agora não existe nenhuma proposta concreta por parte do governo”.
Segundo o sindicalista, no Hospital Universitário apenas os serviços essenciais, como atendimento aos pacientes internados, não serão afetados pela greve. Na UFGD, apenas setores como o de pagamento de contas, continuarão funcionado durante a paralisação.
A greve dos técnicos administrativos não afeta diretamente os cursos superiores da UFGD, mas, segundo Cleiton Almeida, prejudica a qualidade das aulas, já que o pessoal que oferece suporte aos docentes estarão em greve.