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Interior

Suspeito de atentados não sabe explicar o que fazia à noite em área perigosa

Quando foi preso sábado, homem estava sozinho às 23h30 na beira de estrada e perto de matas na fronteira

Por Helio de Freitas, de Dourados | 31/10/2023 13:18
Policiais durante buscas na região onde ocorreram ataques (Foto: Divulgação)
Policiais durante buscas na região onde ocorreram ataques (Foto: Divulgação)

O homem que 42 anos, suspeito de ser o “Maníaco da Lanterna”, que atirou em pelo menos oito veículos e feriu quatro pessoas em rodovias entre os municípios de Ponta Porã e Antônio João, continua negando ser o autor dos crimes.

Preso por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) na noite de sábado (28) na margem da MS-384, ele não soube explicar o que fazia às 23h30 em área perigosa da fronteira com o Paraguai, ao lado de uma mata, em local onde nenhum motorista se arrisca parar à noite.

Quando viu a viatura, ele correu para o mato, mas foi localizado e levado para a 1ª DP em Ponta Porã. Identificado apenas como “Ramão” (o nome completo não foi informado), o homem também não soube explicar a origem das duas munições calibre 38 encontradas no bolso dele.

Com prisão temporária decretada pela Justiça, ele está na Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, enquanto a Polícia Civil segue com as investigações. Ramão mora no distrito de Nova Itamarati, município de Ponta Porã.

Responsável pelo inquérito, o delegado Clealdon Alves de Assis Junior, de Antônio João, disse que, apesar de o suspeito negar os crimes, decidiu pedir a prisão dele diante das contradições apresentadas em depoimentos.

“Ressalto que ele é tratado apenas como suspeito e não descartamos a participação de outras pessoas. As investigações continuam, para demonstrar cabalmente a autoria desses crimes”, explicou o delegado.

Ataques – Desde o dia 7 de outubro, pelo menos oito carros foram atingidos por disparos de arma de fogo. Os ataques aconteceram nas rodovias entre Ponta Porã e Antônio João. Força-tarefa da segurança pública foi montada para identificar e encontrar o atirador.

O caso mais grave foi do motociclista atingido na boca, na noite de 21 deste mês, na MS-164, em Ponta Porã. À polícia, o homem contou que viu uma pessoa de moto usando uma lanterna e após efetuar o disparo, ainda o perseguiu.

No dia 13 de outubro, diversos veículos foram atingidos por disparos na MS-384, na região de Antônio João. Três pessoas foram feridas pelos estilhaços provocados pelos tiros na lateria e vidros dos carros. A perícia identificou que a arma usada nos atentados era de calibre 22.

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