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Interior

Suspeito de matar estudante de Medicina se apresenta e joga a culpa em comparsa

Ele é o terceiro preso por envolvimento na morte de Anderson Hugo Pereira, que ocorreu no dia 16 de outubro

Dayene Paz e Helio de Freitas, de Dourados | 12/11/2022 14:20
Anderson tinha 29 anos, era enfermeiro e estudava medicina no Paraguai. (Foto: Reprodução)
Anderson tinha 29 anos, era enfermeiro e estudava medicina no Paraguai. (Foto: Reprodução)

O brasileiro Edimar de Melo de Oliveira se apresentou à polícia na manhã deste sábado (12), em Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros de Campo Grande e que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ele é o terceiro preso por envolvimento na morte do estudante de Medicina, Anderson Hugo Pereira Félix, 29 anos. O crime ocorreu no dia 16 de outubro.

Morador no Jardim Panambi, em Ponta Porã, Edimar é dono do Golf prata usado para levar Anderson do bar localizado na Avenida Brasil. O veículo está registrado em nome da ex-esposa dele. Câmeras de segurança gravaram o momento em que Anderson foi colocado no banco traseiro do Golf por Moroni Dener Rodrigues Romero, 22. Em seguida, Edimar e Silvano Meires Araújo, 35, saíram no carro levando o rapaz, encontrado morto horas depois.

Nesta manhã, Edimar se apresentou e foi interrogado sobre o homicídio. Ele contou que quando entrou no carro com Silvano, não viu Anderson no banco de trás. A dupla só percebeu quando chegou na casa de Edimar, momento em que houve uma discussão e eles entraram em luta. O motivo seria porque Edimar e Silvano acreditavam que a vítima tinha a intenção de fazer algo com eles.

Depois da briga, Edimar e Silvano colocaram a vítima no carro novamente e levaram até o Paraguai para "interrogá-la". No local da morte, começaram a bater em Anderson e após alguns minutos, Edimar afirma que pediu para "largar a vítima lá". Silvano, então, pegou uma pedra e bateu na cabeça de Anderson. Na versão apresentada, Edimar afirma que Silvano quis matar a vítima.

Após ser ouvido, Edimar ficou preso por conta de um mandado de prisão, em São Paulo (SP), por tráfico de drogas. A investigação sobre o homicídio está sob comando da polícia paraguaia, contudo, a Polícia Civil pedirá a prisão temporária dele. Como ele relatou que a briga começou no Brasil, a polícia vai instaurar inquérito em Ponta Porã, para investigar o caso.

A motivação do crime, assim como as versões de Silvano e de Moroni - que estão presos no Paraguai - ainda são desconhecidas.

Prisões - Moroni foi o primeiro a ser preso, quatro dias após o assassinato. No dia 24, Silvano também foi preso. Era ele que dirigia o Golf no momento em que saíram do bar. A polícia paraguaia ainda investiga qual foi a participação de Moroni no assassinato.

A prisão de Edimar foi decretada pelo promotor de Justiça do Paraguai José Luis Torres. Ele estava prestes a ser incluído na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.

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