Técnica vai prevalecer em apuração sobre ataque a índios, diz chefe da PF
Superintendente da Corporação, que está na região Sul do Estado, comentou esta manhã o caso
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Edgar Paulo Marcon, comentou no fim da manhã de hoje a investigação sobre o ataque sofrido pelo acampamento indígena Guaiviry, no Sul do Estado. Um dos líderes espirituais do acampamento, Nisio Gomes, sumiu desse esse dia e segundo os índios, foi assassinato por homens que invadiram o acampamento.
Para a PF, o guarani-kaiowá está desaparecido e foi levado vivo do acampamento, localizado em uma fazeda em estudo para ser demarcada como terra indígena, entre Aral Moreira e Amambai. Indagado sobre o porque dessa convicação, o superintendente explicou que uma das razões que levam à constatação é a quantidade de sangue encontrada no local.
De acordo com a avaliação policial, é pouco sangue para um local onde alguém tenha sido executado, mesmo que o corpo não tenha ficado presente. Mostras do sangue encontrado estão sendo periciadas, para identificar se é humano e de quem é.
Além disso, no local foram encontradas baladas de borracha, que não provocam ferimentos mortais. São balas do calibre 12, conforme o superintendente, comumente usadas, segundo ele.
Em meio ao conflito, a técnica- Em cenário de disputa histórica por terras entre índios e fazendeiros, uma apuração desse tipo se baseia em informação técnica, de acordo com o delegado.
Segundo ele, é dessa forma, conforme o superintendente, que a Corporação vai definir o que aconteceu na área.
A PF está na região desde o dia em que o ataque foi relatado, com apoio da Força Nacional de Segurança. Inicialmente, a apuração começou por Ponta Porã e depois foi centralizada pela Delegacia de Defesa Institucional, de Campo Grande.
O superintendente foi ontem para a região e hoje acompanha comitiva da SDH (Secretaria dos Direitos Humanos), ligada à presidência da República, que visita o acampamento dos índios.