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Interior

Testemunhas são ouvidas em processo que acusa 6 da mesma família por assassinato

Quatro irmãos e dois sobrinhos são acusados de assassinar dupla em carro de motorista de aplicativo há 5 anos

Mirian Machado | 04/07/2022 17:22
Veículo onde vítimas estavam e foram executadas.  (Foto: João Paulo Gonçalves) 
Veículo onde vítimas estavam e foram executadas.  (Foto: João Paulo Gonçalves)

Testemunhas convocadas pelas defesas de 4 irmãos e dois sobrinhos acusados de duplo assassinato e uma tentativa de homicídio foram ouvidas em juízo, nesta segunda-feira (4), sobre o crime, que aconteceu em 27 de julho de 2017, no Jardim Carioca em Campo Grande. Na ocasião, Maickon Alves Marques e Reynan Felipe Alves de Oliveira foram mortos, e Nelson Miyashiro Tobaru, motorista de aplicativo, foi ferido a tiros.

Dos 4 irmãos, três são policiais militares. O assassinato é relacionado a desentendimento entre duas famílias. Os policiais acusados chegaram a chamar colegas da corporação para apresentar um álibi.

Entre os acusados estão os quatro irmãos Osvaldo Rodrigues de Oliveira, Edvaldo Rodrigues de Oliveira, João Rodrigues de Oliveira e Francisco Rodrigues de Oliveira, além dos sobrinhos da vítima, Diego da Paz de Oliveira e Joaquim Rodrigues de Oliveira Junior.

Ao fundo os quatro irmãos e um dos sobrinhos, réus por duplo homicídio e tentativa. (Foto: Reprodução)
Ao fundo os quatro irmãos e um dos sobrinhos, réus por duplo homicídio e tentativa. (Foto: Reprodução)

Nesta tarde, prestou depoimento Jozo Marcilio Rodrigues do Amaral, que é policial aposentado e mora em Rio Negro. Ele contou que conhece João Rodrigues há 30 anos, do trabalho que faziam na cidade como policiais. Disse ainda que não acredita nas acusações já que no dia do crime esteve com João na cidade do interior.

O mesmo sustentou outro colega de serviço de João, o PM reformado Manoel Alves da Silva. Contou durante a audiência que conhece o amigo há mais de 20 anos e que em todo esse tempo nunca soube de nada que desabonasse a conduta do acusado.

O padre Sérgio Luiz Coldebella, que está em Manaus, foi ouvido por videoconferência. Ele contou que Francisco chegou a ir à igreja em uma tarde de 2017, na mesma época do atentado, para pedir uma data para que fosse realizada a missa de sétimo dia para Joaquim Rodrigues de Oliveira, porém não se recorda do dia. Joaquim era irmão de João, Francisco, Osvaldo e Edvaldo e pai de Diego e Joaquim Junior.

Vítimas estavam no banco do passageiro quando foram atingidas. Motorista foi socorrido. (Foto: Lucas Junot)
Vítimas estavam no banco do passageiro quando foram atingidas. Motorista foi socorrido. (Foto: Lucas Junot)

Crime – Segundo consta no processo, o atentado foi cometido pela família para vingar a morte de Joaquim Rodrigues de Oliveira, que por sua vez, havia matado o avô de Maickon, Antônio Marques. Maickon e Reynan teriam participado da morte de Joaquim e na tentativa de homicídio de Joaquim Junior.

Conforme a acusação, no dia 27 de julho, os 4 irmãos e os dois sobrinhos em um VW Fox, uma Toyota Hilux e uma motocicleta Honda XR foram até o local onde as vítimas se encontravam.

Maickon e Reynan acionaram o motorista por aplicativo, sendo que chegou Nelson em um Peugeot preto. Ao sair do condomínio, Nelson viu pessoas armadas em um Fox na contramão e assustado fugiu, momento em que a caminhonete parou atravessada na pista para impedir a passagem do carro, mas o sobrevivente ainda conseguiu escapar, com as vítimas no carro. Após mais um tempo de perseguição, ainda de acordo com a acusação, os assassinos efetuaram diversos disparos.

A caminhonete chegou a colidir na traseira do carro para que ele parasse. Foi quando os acusados desceram dos veículos e fizeram mais disparos contra Renan e Maickon. O motorista, Nelson Miyashiro Tobar, que nada tem a ver com o desentendimento entre as famílias, foi atingido com três tiros, no rosto, ombro e costas.

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