Testemunhas sobre caso Marielly faltam e audiência é adiada
Três pessoas seriam ouvidas nesta segunda-feira. Uma delas não está em Campo Grande e as outras duas não foram localizadas
A terceira audiência do caso Marielly, que seria realizada nesta segunda-feira, foi adiada. É que nenhuma das três testemunhas que seriam ouvidas compareceram.
Uma das testemunhas é uma policial civil que participou das investigações e as outras duas seriam ex-moradoras de Sidrolândia, que agora residem em Campo Grande.
A policial não compareceu porque não foi informada pessoalmente da audiência e em férias, não está na Capital. As outras duas mulheres não foram intimadas porque não foram localizadas.
O acusado de levar Marielly Barbosa Rodrigues para fazer aborto - procedimento que resultou na morte dela - com Jodimar Ximenes Gomes, em Sidrolândia, Hugleice da Silva, compareceu à sala de audiência.
Nem Hugleice, nem os pais dele, que também estavam no Fórum de Campo Grande, quiseram falar com a reportagem do Campo Grande News.
Segundo o advogado Ed Carlos da Rosa Arguilar, que trabalha para Hugleice, a audiência desta segunda-feira seria fundamental para elaborar a defesa do acusado.
Também esteve presente o advogado David de Moura Olindo, que representa Jodimar, o qual está preso desde julho em Sidrolândia.
Outra audiência foi marcada para ouvir a policial, que é testemunha de acusação. Será em 14 de fevereiro, às 15 horas. Para depoimento das outras duas - que são testemunhas comum à defesa e à acusação - ainda não há data marcada.
Caso Marielly - A jovem morreu durante um aborto malsucedido, que, segundo relatos de Hugleice e provas da investigação, foi feito por Jodimar, na casa dele, em Sidrolândia.
A morte aconteceu no dia 21 de maio do ano passado, data em que ela foi vista pela última vez pela mãe, a qual mobilizou parentes, amigos, vizinhos, políticos e a opinião pública para encontrar a filha.
O corpo da universitária foi encontrado em 11 de junho em um matagal de Sidrolândia, em estado de decomposição. Em julho foi decretada a prisão de Hugleice, que até então negava qualquer envolvimento com o caso, e de Jodimar, que continua a alegar inocência.
Após dois dias na prisão, Hugleice, que é casado com a irmã de Marielly, confessou que teve relação sexual com a cunhada, que a levou para fazer aborto na casa de Jodimar, para quem pagou R$ 500.
Hugleice relatou ainda que enquanto esperava a jovem, o enfermeiro o contou sobre a morte e então os dois colocaram o corpo na caminhonete dele e o jogaram no matagal. A Justiça concedeu liberdade a Hugleice em setembro e Jodimar continua preso.