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Interior

"Tragédia sem tamanho", dizem amigos em velório de rapaz morto na saída de festa

"Tomo minhas pingas, mas não saio dirigindo", afirmou irmão de sobrevivente de atropelamento

Izabela Cavalcanti e Cleber Gellio | 05/09/2022 11:32
Amigos durante o velório de Zé, no município de Rochedo (Foto: Marcos Maluf)
Amigos durante o velório de Zé, no município de Rochedo (Foto: Marcos Maluf)

"Uma tragédia sem tamanho", resumem amigos da família sobre o atropelamento que matou José Victor de Quadros Bom, de 21 anos, na saída da Festa Fantasy. "festeiro", seria mais um fim de semana animado com os amigos, mas Zé não voltou.

Nesta segunda-feira (5), a família mal conseguia falar durante o velório que começou às 07h30, na capela do Cemitério Municipal de Rochedo. O enterro será às 16h. Ficou para os amigos a tarefa de lembrar do rapaz.

O dentista Luis Mitiharu, de 62 anos, é servidor público do município de Corguinho. Ele trabalhou por 15 anos, com Cassiana Ricarda Quadros, mãe de José Victor. "Eu conheço esse menino desde criança, vi ele crescer. É uma tragédia sem tamanho, não tem nem o que falar, não tem nem explicação”, lamenta Luis Mitiharu.

Na saída da festa, em São Gabriel, Zé estava acompanhado de outras duas pessoas, José Antônio Borges Maria, de 27 anos, e Talita Aparecida de Almeida Bialta, de 22 anos. Antônio foi encaminhado para a Santa Casa e segue em estado grave, já Talita está internada no hospital de São Gabriel, com ferimentos menos graves.

Benedito Borges Maria, de 36 anos, irmão de José Antônio e amigo de José Vitor, está no velório. Abalado, ele lembra que sempre fazia algo junto com os meninos e que viu os dois crescerem juntos.

Velório de Zé Victor na capela do Cemitério Municipal de Rochedo (Foto: Marcos Maluf)
Velório de Zé Victor na capela do Cemitério Municipal de Rochedo (Foto: Marcos Maluf)

Em uma das últimas lembranças, Benedito relata que viu Zé Victor e sua irmã Gabrielle, e convidou para andar a cavalo, em Rio Negro.

“É uma situação que não imaginaria estar passando de ver meu irmão internado e perder um amigo. Tem que ter justiça, eu tomo minhas pingas, tomo minha cerveja, mas não saio por aí dirigindo”, dispara.

Por lá, além de amigos, familiares e outras pessoas de convivência, lembram de Zé pela simplicidade e alegria.

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Agenor Azevedo, de 46 anos, amigo da família e comerciante da cidade, lembra de Zé como um jovem extrovertido. “Por ele ser um ‘molecão’ muito extrovertido e acima de tudo muito simples, ele conquistava a todos. Todo mundo queria chamar o Zé para fazer uma moagem.”

A morte acabou antecipando o encontro com o amigo de infância, Gustavo Alves, também de 21 anos. Ele foi de Terenos para ver, pela última vez, o amigo que está sendo velado.

Gustavo conta que estudou com Zé, como também era conhecido, até o 8° ano, na região de Taboco, distrito de Corguinho, criando conexão de verdadeiros irmãos. Depois disso, foi morar em Terenos e há um ano não via José.

O amigo revela que já estava se programando para encontrar com ele na semana que vem. “Eu não imaginaria que viria antes e por esse motivo”, disse emocionado.

Entenda –  Na manhã de ontem (4), José Victor, José Antônio e Talita foram atropelados em frente ao Parque de Exposições Balduino Maffissoni, de São Gabriel do Oeste, onde foi realizada a famosa festa Fantasy. O município fica a 137 km da Capital.

As vítimas saíam do evento quando foram atingidas por um Mini Cooper, dirigido por um morador de Campo Grande, de 28 anos.

Informações de populares que estavam no local, é de que o motorista do carro fazia manobras perigosas e em alta velocidade, quando atropelou as três pessoas.

A Polícia Militar chegou ao local e deteve o condutor, que estava embriagado. No carro também tinham três pessoas que saíram ilesas. O caso foi registrado como homicídio culposo.

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