Três dos envolvidos na morte de PM são condenados a 63 anos de prisão
Mais 14 acusados ainda aguardam julgamento sobre acusação de participação na morte do policial.
Depois de 14 horas de julgamento, Cléverson Messias Pereira dos Santos, Maicon Gomes de Souza e Marcos Barbosa, três dos 17 membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) acusados de tramar e executar a tiros o ex-policial militar Otacílio Pereira de Oliveira, em 2013, foram condenados a 63 anos de cadeia, durante júri encerrado, há pouco.
A pena mais extensa foi de Cléverson: 39 anos e 5 meses; Maicon recebeu pena de 26 anos e 4 meses, e Marcos, 7 anos e 3 meses. Ele foi o único que teve desqualificada a acusação de homicídio qualificado. Ainda conforme o JP News, a Polícia Civil concluiu que os três executaram a ordem da facção de matar Otacílio.
O objetivo era, segundo a polícia, assassinar outros policiais militares em todo o Estado. No entanto, a prisão de um suspeito, na semana seguinte a do crime, interrompeu o plano do grupo.
Os julgamentos
A primeira fase do julgamento foi realizada ontem, no Fórum de Três Lagoas, e durou cerca de 14 horas. Outras três fases do julgamento estão marcadas para os dias 14, 23 e 30 deste mês.João Carlos Olegário da Silva, Jorge Aparecido dos Santos e Jair da Costa Silva, que estão em presídios do Estado, serão julgados na semana que vem.
Por último vão a julgamento Thiago Cintas Bertalia, Ivan Verdugo Maciel, Michel Cazeto Ortiz, Fernando Rodrigues Monteiro, Jhonatan dos Santos Avelino e Douglas dos Santos Almeida, dia 23, e Luis Felipe Miranda Rios Saito, Fabrício da Silva Almerindo dos Santos, Ederson Santos de Oliveira, Francolino Teixeira da Silva e Fernando Anselmo dos Santos, dia 30.
Otacílio tinha 60 anos e trabalhava como mototaxista. Ele foi morto em uma emboscada por volta das 23h, quando chegava em casa, no bairro Osmar Ferreira Dutra. Ele levou quatro tiros, sendo dois nas pernas e dois na barriga. A vítima foi levada ao hospital, mas morreu na madrugada do dia 7 de março de 2013.
A ordem para a execução, segundo a Polícia Civil, veio do comando dos estados de São Paulo e Paraná e foram repassadas ao grupo pelo presidiário da Máxima, Marcos Barbosa, 36 anos conhecido como ‘Pinduca’. Determinação, esta, que serviria para demonstrar a força da facção.