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Interior

Universitários da UFGD dormem e tomam café em unidade invadida

Pelo menos 240 estudantes ocuparam ontem à noite a unidade I da UFGD, na área central de Dourados, em protesto contra governo

Helio de Freitas, de Dourados | 10/11/2016 09:01
Faixa colocada ontem à noite no acesso principal do prédio da reitoria (Foto: Rafael 	de Abreu)
Faixa colocada ontem à noite no acesso principal do prédio da reitoria (Foto: Rafael de Abreu)
Estudantes fazem café da manhã em prédio ocupado (Foto: Reprodução/Facebook)
Estudantes fazem café da manhã em prédio ocupado (Foto: Reprodução/Facebook)

Pelo menos 240 universitários passaram a noite na unidade I da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), ocupada na noite de ontem (9) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A ocupação faz parte do movimento nacional de estudantes contra projetos do governo Temer encaminhados ao Congresso, principalmente a proposta de congelamento dos gastos públicos.

A decisão pela ocupação foi tomada durante assembleia, com 159 votos a favor e 83 contrários. Uma faixa com a frase “UFGD ocupada” foi instalada no acesso principal à unidade, onde funcionam alguns cursos e a reitoria da universidade. Na manhã de hoje, os acadêmicos prepararam o café da manhã no local. Uma foto foi postada na rede social Facebook.

Em nota encaminhada ao Campo Grande News, o movimento afirma que ocupação da reitoria é um “ato de resistência” contra a PEC 55 (que está no Senado) e contra a medida provisória de reforma do ensino médio.

O movimento também reivindica esclarecimentos sobre os cortes de orçamento anunciados na UFGD e participação da comunidade acadêmica na discussão e decisão sobre esses cortes. A reitoria ainda não se manifestou.

“Divulga-se para toda a comunidade acadêmica, assim como para toda a sociedade, que este movimento de ocupação é pacífico, apartidário e tem como bandeira a defesa da educação pública, gratuita, popular e de qualidade”, afirma a nota.

De acordo com os manifestantes, a unidade I da UFGD está completamente fechada para qualquer atividade até a próxima assembleia dos estudantes, que vai decidir sobre quais serviços serão ou não mantidas em funcionamento. Os acadêmicos pedem apoio da comunidade, dos demais estudantes e trabalhadores da educação.

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