Vai ter filas! Mobilização de auditores causa lentidão nas aduanas de MS
Ação faz parte da Operação "Risco Zero" e ocorre em Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã
RESUMO
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Auditores-fiscais da Receita Federal em greve há dois meses intensificaram a fiscalização em aduanas de Mato Grosso do Sul, causando grandes filas e atrasos na liberação de cargas e veículos. A operação "Risco Zero" afeta as unidades de Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã, com vistorias rigorosas em todas as cargas (exceto produtos perecíveis, medicamentos e animais vivos). A greve, motivada pela falta de reajuste salarial desde 2016 (exceto 9% em 2023), inclui também operação-padrão em aeroportos e já conta com 438 profissionais que deixaram cargos em comissão. O Sindifisco Nacional busca reajuste de 9% e apresentou emenda ao Projeto de Lei Orçamentária de 2025, enquanto os impactos nos fluxos de mercadorias e trânsito nas aduanas persistem.
Em meio à greve que já dura dois meses, os auditores-fiscais da Receita Federal intensificaram a fiscalização nas aduanas de fronteira de Mato Grosso do Sul, o que tem gerado grandes filas e atrasos na liberação de cargas e veículos.
A ação, que faz parte da operação "Risco Zero", está afetando as unidades aduaneiras de Corumbá (na fronteira com a Bolívia), Mundo Novo e Ponta Porã (na fronteira com o Paraguai). Em Ponta Porã, por exemplo, não houve atendimento na manhã desta quinta-feira (23).
A fiscalização minuciosa, que inclui vistorias mais rigorosas em todas as cargas, exceto em mercadorias críticas como produtos perecíveis, medicamentos e animais vivos, tem aumentado significativamente o tempo de espera para a liberação das mercadorias.
O coordenador regional do Comando Nacional de Mobilização, Gustavo Freire, adverte que a medida pode causar congestionamentos nas aduanas e que os prazos de liberação podem variar de horas a dias, dependendo da demanda local.
Além da fiscalização nas fronteiras, a greve foi intensificada com uma operação-padrão nas bagagens nos aeroportos, afetando ainda mais as operações cotidianas da Receita Federal.
Mobilização - A greve, que já dura desde novembro de 2024, é uma resposta à falta de avanços nas negociações salariais com o governo federal.
De acordo com o presidente da Delegacia Sindical de Mato Grosso do Sul do Sindifisco Nacional, Luiz Felipe Manvailer, os auditores-fiscais são a única categoria do funcionalismo público federal que não recebeu reajuste no vencimento básico desde 2016, exceto os 9% concedidos em 2023.
O movimento grevista conta com a adesão crescente de auditores-fiscais, com 438 profissionais já entregando seus cargos em comissão. A mobilização visa pressionar o governo a atender as demandas da categoria, que incluem, principalmente, a atualização salarial.
Em busca de apoio, o Sindifisco Nacional também apresentou uma emenda ao Projeto de Lei Orçamentária de 2025, com a intenção de garantir um reajuste de 9% para os auditores-fiscais ainda em junho deste ano.
Com o movimento ganhando força, as autoridades e comerciantes de Mato Grosso do Sul devem se preparar para os impactos no fluxo de mercadorias e no trânsito nas aduanas. A greve pode continuar a afetar as operações da Receita Federal por tempo indeterminado, o que promete prolongar as filas e os atrasos nos próximos dias.
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