Vídeo mostra atropelamento e morte do radialista Ronaldo Ney
Imagens de câmera de segurança mostram condutor de Onix fugindo do local após acidente
O radialista Ronaldo Ney Pinto de Santana, de 67 anos, morreu na manhã deste sábado (16) após ser atropelado em Corumbá, cidade da região oeste de Mato Grosso do Sul distante 428 km de Campo Grande. Segundo o boletim de ocorrência, o acidente aconteceu na rua Cyríaco de Toledo, próximo a escola municipal Ângela Maria Perez, na parte alta do município.
Ronaldo ia de bicicleta para a Rádio Pantaneira, onde trabalha, conforme o jornal Diário Corumbaense. Testemunhas disseram à polícia que avistaram um Chevrolet Onix atingir o radialista, que foi arremessado alguns metros à frente.
Imagens de câmera de segurança obtidas pelo Diário Corumbaense mostram o condutor do veículo atropelando a vítima e fugindo do local na sequência. Um casal em um motociclista para pouco depois e presta os primeiros socorros a Ronaldo.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou fratura no tornozelo, grave e possível afundamento do tórax e sintomas de parada cardíaca. Ele foi levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa da cidade.
Ronaldo não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois no hospital. Amigos da vítima disseram ainda aos policiais que um advogado se apresentou na unidade como representante legal do motorista, que ainda não foi identificado.
Três décadas de carreira – O radialista tinha 34 anos de carreira, marcada por programas focados na zona rural. Na Rádio Pantaneira, ele apresentava o programa matinal “Manhã Sertaneja” e na Nova Clube, “A Hora do Fazendeiro”, no horário de almoço.
“Ronaldo começou na Clube com ‘A Hora do Fazendeiro’ para concorrer com o Alô Pantanal da pioneira, Rádio Difusora Mato-grossense. Era briga boa. Na Difusora, era o Lalá (Luiz Ribeiro Quidá, que morreu em 2018), e na Clube, o peão Ronaldo Ney no mesmo horário, meio-dia”, lembrou o colega de profissão, Joel de Souza, ao lamentar a morte do amigo.
Na Pantaneira, Ronaldo estava à frente do “Manhã Sertaneja” há 16 anos. “Era uma pessoa extraordinária, amiga, gente boa demais. Estava cheio de planos, havia conhecido uma companheira em outra cidade e estava com a ideia de ir embora no final do ano; também queria se aposentar”, disse ao Diário Corumbaense, João Corrêa, de 61 anos, que era programador da emissora.
Recentemente, ele foi homenageado pela Câmara Municipal com uma moção de congratulação por sua atuação no rádio. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento do radialista.