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Cidades

Líder de Centro Espírita rebate denúncias e diz que "portas estão abertas"

Graziela Rezende | 21/09/2013 15:40

De “portas abertas” para os vizinhos, o coordenador de almoxarifado Gustavo Tavares, 29 anos, disse que jamais imaginou que a sua religiosidade estaria incomodando os moradores do Jardim Samambaia e ainda ressaltou que seriam inverídicas as informações sobre orgias durante a madrugada no local, bem como barulho e os rituais no qual o sangue ficaria espalhado nos arredores.

“Moro há quatro anos aqui e jamais escutei alguma reclamação. Aqui é um lugar aberto, no qual recebo toda a comunidade e nos reunimos para tomar passe, ouvir uma boa palavra espiritual e ainda desabafar sobre problemas. O funcionamento ocorre apenas no 2° e último sábado do mês, diferente do que disseram sobre as quartas feiras”, afirma Tavares.

Aos sábados, quando os frequentadores não realizam festas, os cultos iniciam ás 19h e encerram às 22h, conforme Tavares. “Nós respeitamos e muito os vizinhos e, quando fazemos um evento, ele não passa das 0h30, sem muito barulho. Não existe essa informação de ficar até 5h, muitos menos nus. Temos idosos, adultos e até as crianças que participam temos a autorização dos pais”, explica Tavares.

Respeito: Sobre a religião, ele diz que o Candomblé deve ser respeitado. “Há alguns dias vocês fizeram uma reportagem sobre isso. Até temos os rituais fechados com frangos, mas é algo saudável, para a nossa alimentação. Sou um sacerdote e jamais me envolveria em orgias”, garante Tavares.

Eleito nacionalmente como coordenador no Estado, de um novo partido a ser lançado, o PPLE (Partido Popular de Liberdade de Expressão), o sacerdote Gustavo diz que este é mais um motivo da sua luta pela intolerância religiosa. “As pessoas estão entendendo tudo errado, é a única explicação que me veio à mente. E este será mais um motivo da nossa luta, as portas estão abertas”, enfatiza Tavares.

Assistente Social e frequentadora do local, Diana Dioiá, 46 anos, diz que fez uma queixa na Polícia. “Essas informações dos vizinhos não existem e inclusive fizemos um boletim de ocorrência citando tópicos da matéria do Campo Grande News. Estão chegando aqui pessoas do bairro Caiobá, Santa Luzia e de outros locais, já que somos bem frequentados e não podemos deixar que pensem isso do nosso Centro Espírita”, finaliza Dioiá.

Ontem (20), quando a equipe de reportagem esteve no local, não havia ninguém no imóvel. Os vizinhos porém reclamavam do barulho e inclusive disseram de ligações a Polícia do local, que fica na esquina das ruas General Arthur Sother e Embaúbas.

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