Ministro promete dobrar investimentos em monitoramento na fronteira de MS
Raul Jungmann afirmou que Sisfron é estratégico para o país, por isso merece maiores investimentos
Em visita a Brigada Guaicurus, em Dourados - distante 233 quilômetros de Campo Grande - na tarde desta quinta-feira (19), o ministro da Defesa Raul Jungmann, afirmou que o Governo Federal irá dobrar os investimentos a serem empregados no Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira) em 2017.
De acordo com Jungmann, a previsão é de que sejam investidos R$ 470 milhões no sistema neste ano. “Defender a fronteira é ter soberania e integridade, por isso, o Sisfron é um sistema estratégico no país. Através da segurança na fronteira, vamos conseguir reduzir o crime e a violência”, considera o ministro.
Projetado para os 17 mil quilômetros da fronteira brasileira, o Sisfron começou a ser implantado em 2012 e o projeto-piloto funciona desde 2014 em Mato Grosso do Sul. O sistema deveria receber R$ 1 bilhão por ano, pelo prazo de 11 anos, mas o programa sofre com o contingenciamento de recursos, adotado ainda em 2014.
"O Sisfron sentiu os efeitos da grave crise econômica deixada pelo governo anterior. Mas, agora vamos dobrar os investimentos", justificou o ministro.
Durante a visita, um rpresentante do exército apresentou ao ministro um relato das operações previstas para 2017, inclusive as que devem ocorrer em conjunto com o Paraguai e a Bolívia, além de um projeto integral do Sisfron.
Além das apresentações, Jungmann acompanhou em tempo real uma barreira do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da Receita Federal, no posto Capeí, localizado na BR-163, em Ponta Porã - a 80 km de Dourados.
O ministro também falou sobre a presença das Forças Armadas na fronteira de Mato Grosso do Sul. Conforme Jungmann, "quando houver determinação e recurso, o exército estará pronto para atender determinação e ocupar as fronteiras."
Sobre a intervenção das Forças Armadas na situação caótica dos presídios do país, o ministro voltou a reforçar que nenhum militar terá acesso aos presos e que as operações nas penitenciárias só irão começar no prazo de dez dias.