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Cidades

Moradores contabilizam, de novo, prejuízos com chuvas na Capital

Kleber Clajus, Bruno Chaves e Leonardo Rocha | 09/01/2014 11:21
Ruas ficaram intransitáveis e moradores avaliam estragos causados pela chuva nos bairros da Capital (Foto: Cleber Gellio)
Ruas ficaram intransitáveis e moradores avaliam estragos causados pela chuva nos bairros da Capital (Foto: Cleber Gellio)
Edilene Braga perdeu móveis e materiais de costura, mesmo a casa estando acima do nível da rua (Foto: Cleber Gellio)
Edilene Braga perdeu móveis e materiais de costura, mesmo a casa estando acima do nível da rua (Foto: Cleber Gellio)

Mais uma vez os moradores dos Bairros Cidade Morena, Amapá e Monte Alegre passaram, na manhã desta quinta-feira (9), contabilizando estragos e limpando os imóveis tomados pela água da chuva que caiu, na noite de ontem, em Campo Grande. Eles cobram uma intervenção da Prefeitura para que a situação não continue a se repetir.

Na Rua Campos do Jordão, Bairro Cidade Morena, a costureira Edilene Braga, 33 anos, comenta que teve a casa invadida por lâmina d’água de 20 centímetros, por volta das 20 horas. O detalhe é que sua casa está acima do nível da rua e, mesmo assim, não foi possível conter a força da água.

“Perdi guarda-roupa, sofá e estante, além dos materiais de costura. Cheguei a chamar os Bombeiros, porque na rua a água chegava a cintura”, relata Edilene.

A dona de casa, Marina Alves dos Santos, 49 anos, diz que a rotina de problemas também se repete no bairro no cruzamento das Ruas Salmorão com Floreal. Em sua residência a água não entrou, mas na da vizinha ficaram as marcas da enxurrada que tomou a rua e ocorre “sem exceção” quando chove.

Diante de um cenário quase cotidiano, o líder comunitário do Cidade Morena, Leomar Alves Rosa, cobra da Prefeitura de Campo Grande um “tratamento diferente” que solucione as falhas estruturais de drenagem.

“Ontem foi a gota d’água. O prefeito e o secretário de obras deveriam estar aqui para apoiar a população e dar as respostas necessárias, mas não há uma previsão para esta solução. Já existe um recurso disponível na prefeitura para finalização do asfalto no bairro, mas até o momento as obras não começaram”, explica Leomar ao citar as Ruas Inconfidente, Ubirajara Guarani, Floreal e Buenópolis como as que têm a pior situação.

No Jardim Amapá, a aposentada Jovenina Fernandes da Cruz, 69 anos, diz que o problema é semelhante. Ela reside na Rua Cumbica, que não tem asfalto, mas sobram fendas abertas pela água da chuva entre o cascalho, uma vez que a drenagem do bairro passa pelo local em direção a Avenida Guaicurus.

Já a dona de casa Tereza Chube, 50 anos, conta que a “buraqueira” domina na Rua das Divas e os moradores são obrigado a colocar entulho para garantir a passagem pelo local.

Por outro lado, no Monte Alegre, o mato, sujeira e lama atrapalham quem passa pela Rua dos Resendes, próximo a Rua da Divisão.

Precipitação - Ontem, em menos de três horas, choveu aproximadamente 37 mm em Campo Grande, levando em conta apenas as regiões que registraram os maiores índices de precipitação. Novamente, a cidade sofreu com os problemas, com casas e carros inundados.

A região mais afetada foi do Prosa, com 22 mm, seguido pela região do Norte Sul (8,25 mm), do Hospital Regional (3,5 mm), e da UCDB, com 3,25 mm.

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