Mulher morre de dengue, a 3ª no ano, e prefeitura declara guerra à doença
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou a terceira morte por dengue em Campo Grande, que enfrenta uma epidemia da doença desde maio deste ano. Com 7.209 casos confirmados, a prefeitura vai intensificar as ações de guerra contra o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, que também pode transmitir zika e chikungunya.
Além de Campo Grande, outras 67 cidades estão em situação de epidemia em Mato Grosso do Sul, considerando-se a classificação do Ministério da Saúde, acima de 300 casos por 100 mil. Na Capital, até a semana passada, o índice era de 785,6 casos para 100 mil. Com 32,5 mil casos notificados de janeiro até a semana passada, o Estado também enfrenta epidemia, com 1.257 casos/100 mil.
A situação ficou grave porque o mosquito também transmite a zika, doença que vem sendo associada com a explosão de casos de microcefalia no País.
Segundo o Liraa (Levantamento de Índice de Infestação do Aedes aegypti), a Capital está com 0,7% de infestação, considerado sob controle. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, alertou que a situação pode se agravar com a chegada do verão.
A terceira morte causada pela doença foi confirmada nesta semana. Uma moradora de 45 anos, do Bairro Tiradentes, apresentou os sintomas e morreu no mês passado. Outras duas mortes foram confirmadas em abril e maio deste ano.
Só no mês passado, foram notificados 881 novos casos da dengue em Campo Grande, mais que o dobro do total registrado em outubro (303).
Segundo Fonseca, por determinação do prefeito Alcides Bernal (PP), as ações de combate ao mosquito serão intensificadas a partir de sexta-feira, quando ocorre o Dia D de combate à doença. “Temos que agir e combater o mosquito transmissor da dengue”, afirmou. A estratégia é visitar borracharias, ferros-velhos, cemitérios e floriculturas.
Na manhã de hoje, Ivandro se reuniu com os funcionários dos departamentos de vigilância da Sesau para reforçar o alerta. O Exército também será acionado para reforçar o combate à dengue. No entanto, o convênio com o CMO (Comando Militar do Oeste) ainda não foi fechado.
A Prefeitura também planeja montar hospitais de campana, com instalação de tendas de apoio, em duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), da Vila Almeida e do Bairro Universitário. O investimento deve somar R$ 4 milhões.