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Cidades

Na 1ª fase da Caravana na Capital, pacientes sonham com vida normal

Mutirão selecionou 150 pessoas da fila de espera do Estado para exames de colonoscopia

Leandro Abreu | 03/05/2016 09:57
Pacientes passam pro colonoscopia entre hoje e amanhã. (Foto: Marcos Ermínio)
Pacientes passam pro colonoscopia entre hoje e amanhã. (Foto: Marcos Ermínio)

Esperando há cinco meses por um exame de colonoscopia, o aposentado Laudivino Salustiano, 67 anos, tem a esperança de voltar a ter uma vida normal após cerca de três anos, desde que teve um problema em uma cirurgia e acabou com problema intestinal. Ele faz parte dos 150 pacientes selecionados para passar pelo Mutirão de Colonoscopia, uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e o Governo do Estado, sendo a primeira etapa da Caravana da Saúde em Campo Grande, realizada nesta terça-feira (3) e amanhã no HR (Hospital Regional).

“Tenho esse problema desde uma cirurgia no coração há três anos, quando me deram um laxante. Desde então tenho o intestino desregulado e não consigo nem mesmo sair de casa. Fiquei um mês indo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para me medicar e então o médico disse para eu fazer a colonoscopia”, comenta.

De acordo com Antônio Gentil Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso do Sul, a alimentação e antecedentes familiares tem ligação direta com as chances da pessoa desenvolver um câncer no intestino. “Ingerir muita gordura, por exemplo, e ter pessoas na família que já tiveram câncer de intestino aumentam em cinco vezes as chances. O primeiro sinal de alerta é o sangramento nas fezes”, detalhou.

O câncer de intestino é o segundo com maior incidência no Brasil, conforme o presidente, ficando atrás apenas das estatísticas do câncer de mama. Para esse mutirão, 150 pacientes da fila de espera de Mato Grosso do Sul com idade entre 50 e 75 anos foram convocados para, entre hoje e amanhã, serem atendidos.

Conforme o diretor-presidente do HR, Justiniano Vavas, atualmente o hospital faz cerca de 600 exames digestivos por mês, sendo 200 colonoscopias. “Com o mutirão, aumentaremos esse atendimento esse mês, mas ainda assim temos uma fila de espera de 1 mil pacientes aguardando em todo Estado. O exame atualmente deveria ser mais ágil, até para que o paciente não chegasse para realizá-lo com o caso em uma fase mais avançada”, disse.

Ainda de acordo com Vavas, a colonoscopia tem o intuito de encontrar pólipos no intestino do paciente, que são pequenas verrugas que podem se tornar malignas e evoluir para um câncer. “Em média, 25% dos exames encontram os pólipos e 5% destes são malignos. Por isso é importante que as pessoas percebam qualquer alteração na rotina de ir ao banheiro e procurem um médico”, finalizou o diretor-presidente do HR.

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