Nove meses após morte de cantora, Noz da Índia é proibida em MS
A Secretaria de Estado de Saúde proibiu a fabricação e a distribuição da semente Noz da Índia, produto para emagrecimento que há 9 meses teria causado a morte da cantora gospel e estudante de psicologia Ana Cláudia Alves da Silva, 38 anos.
A determinação publicada na manhã desta sexta-feira (18) no Diário Oficial do Estado, proíbe o uso, fabricação, importação, distribuição, divulgação, publicidade e comércio das sementes da planta.
O documento diz ainda que devem ser apreendidas e inutilizadas as unidades do produto encontradas no mercado ou exposto à venda com indicação terapêutica expressa em sua embalagem.
O consumo da semente da planta pode resultar em quadros de intoxicação grave ou severa. Há relatos de morte e intoxicação grave em outros estados do país como São Paulo, Goiás e Espirito Santo. A planta já está proibida em países como Espanha, Austrália e Chile.
Claudinha Felix, como era conhecida, morreu na noite do dia 1º de fevereiro deste ano. Ela teve uma parada cardiorrespiratória quando era atendida no posto de saúde do Bairro Nova Bahia, em Campo Grande.
Na época, os familiares relataram que, Claudinha ouviu falar da "noz da Índia" em uma academia que frequentou no ano passado. Tomou o chá do produto por cerca de 30 dias, mas, passou a apresentar quadros frequentes de falta de ar, inchaço, cansaço, fraqueza no corpo, queda de pressão e até desmaios.
A médica gastroenterologista e hepatologista – especialista em funções digestivas e no fígado – , Luciana Araújo Bento, em entrevista ao Campo Grande News, chegou a alertar que o produto não devia ser consumido em nenhuma situação.