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Cidades

Polícia espera concluir inquérito de Siqueira até quinta

Redação | 03/05/2010 14:17

A Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo) continua recebendo vítimas dos golpes aplicados por Genival Siqueira, proprietário da Siqueira Automóveis, preso na semana passada pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato, mas espera fechar o inquérito até a próxima quinta-feira.

A Polícia Civil já recebeu 21 pessoas, incluindo um oficial de justiça, que foram lesados pelos donos da garagem e o prejuízo acumulado é de R$ 250 mil.

Nesta segunda-feira, Siqueira foi ouvido em interrogatório e apresentou sua versão. De acordo com a polícia, o dono da garagem alegou ter confiado nos serviços de um advogado, que tranquilizava a difícil situação financeira com falsa sensação de calmaria.

Para sanar uma dívida, Genival disse que realizava um novo débito, em um efeito cascata que culminou no fechamento do negócio, que funcionou por 27 anos em Campo Grande, na região da Vila Bandeirantes. Algumas vítimas chegaram a entrar na justiça na esperança de reaver o valor dos veículos colocados à venda ou adquiridos na garagem.

No período que o negócio declinava, Siqueira se refugiou em diversos Estados. A polícia investigou que ele esteve em Goiânia (GO), e nas cidades paranaenses de Londrina e Maringá. Na semana passada, quando o caso veio à tona, Genival se escondeu em uma propriedade rural na região de Campo Grande. O ex-proprietário da garagem afirmou que sofreu ameaças de credores, porém não há registro de denúncias desse tipo contra o ex-empresário.

As filhas Fábia e Flávia Siqueira foram presas, acusadas de participação nos crimes de estelionato. A esposa de Genival, Ione Ribeiro da Silva, e a irmã dele, Aparecida Siqueira da Silva, também foram presas.

Na sexta-feira (30), a condição de Genival para se apresentar à Decon era que a imprensa não estivesse presente. Na saída para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e Derf (Delegacia de Roubos e Furtos), Siqueira disse esperar que a justiça fosse feita e estava abatido, magro e com barba.

O delegado titular da Decon Adriano Garcia Geraldo espera concluir o inquérito até quinta-feira (6) para encaminhá-lo a justiça. Siqueira permanece em prisão preventiva, mas o pedido de liberdade já foi solicitado pelo advogado Alberto Gaspar.

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