Polícias do RJ e MG analisarão depoimento sobre paradeiro de Eliza
Irmão do goleiro Bruno revelou localização à polícia do Piauí no fim de junho
Em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (4) à imprensa de Teresina, no Piauí, o delegado-geral Riedel Batista informou que o depoimento do irmão do goleiro Bruno Fernandes sobre uma possível localização dos restos mortais de Eliza Samudio já está nas mãos das polícias Civil do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. A oitiva foi feita a pedido da Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (RJ), que ainda investiga o caso.
Riedel deu poucos detalhes sobre o que Rodrigo Fernandes das Dores de Sousa, 27 anos, disse à Polícia Civil do Piauí. Mas, relatou que além de contar quais eram os possíveis paradeiros dos restos mortais de Eliza, o irmão do goleiro revelou nomes de pessoas que estariam envolvidas no crime. “A veracidade destas informações ainda será checada”, afirmou o delegado-geral.
A reportagem teve acesso ao áudio da entrevista na qual Riedel informou ainda que conversou com o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, hoje pela manhã. “Ele ficou de manter contato com a delegada de Jacarepaguá no sentido de agilizar uma diligência [busca pelos restos mortais] no Estado do Rio de Janeiro ou no Estado de Minas Gerais”.
O depoimento de Rodrigo Fernandes foi coletado no fim de junho. As perguntas vieram por meio da carta precatória porque o irmão do goleiro Bruno, que morava no Piauí há alguns anos, está preso por estupro no Estado do Nordeste brasileiro. “O papel da polícia do Piauí já está encerrado, a não ser que nos peçam mais alguma ajuda”.
A informação vazou nesta quinta-feira durante evento na Polinter de Teresina. Um policial teria comentado sobre o depoimento com a imprensa que cobria uma cerimônia de posse.
O corpo de Eliza teria sido desovado em uma cidade do interior de Minas Gerais, conforme publicou o UOL.
O crime – Bruno foi condenado pela morte de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010. À época, a jovem buscava na Justiça que o então goleiro do Flamengo reconhecesse a paternidade de seu filho. O menino mora em Campo Grande com Sônia Fátima Moura, mãe de Eliza.
Conforme a investigação, Eliza foi torturada e morta a mando do goleiro. Com base nos depoimentos, foram descobertos indícios de que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, teria sido contratado para matar a jovem e esconder o corpo.
Ele teria asfixiado e cortado o corpo da modelo, jogando os pedaços para os cães da raça Rottweiler, que ele criava. A condenação de Bruno foi em 2013.