Queremos dividir os royalties e não os bandidos do RJ, critica Azambuja
“Enquanto para dividir os royalties são feitas inúmeras discussões, para exportar seus bandidos o Estado do Rio de Janeiro só precisou de um pedido para a Justiça Federal que, prontamente atendeu”. Com essa frase, o deputado federal Reinaldo Azambuja, líder do PSDB na Câmara Federal criticou a vinda para Campo Grande de quatro homens apontados como integrantes do comando do tráfico de drogas na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, decididamente, segundo ele, rapidamente, enquanto a questão dos royalties está indefinida .
Nos próximos dias a Câmara analisa projeto de lei do Senado, que propõe a redistribuição dos royalties, atualmente divididos apenas entre os estados produtores. O pagamento dos royalties é uma espécie de compensação financeira pela exploração do petróleo, por possíveis danos ambientais, por exemplo. A proposta, que tramita em regime de prioridade, será analisada por uma comissão especial, que ainda precisa ser constituída para depois ser votada pelo Plenário da Câmara.
“Enquanto para dividir os royalties são feitas inúmeras discussões, para exportar seus bandidos o Estado do Rio de Janeiro só precisou de um pedido para a Justiça Federal que, prontamente atendeu”, comentou Reinaldo Azambuja
“A população de Mato Grosso do Sul não foi consultada se era a favor ou contra a construção do presídio, tampouco se aceita que sejam exportados para cá os piores bandidos do País”. Indignou-se o parlamentar que promete discutir essa questão com seus colegas da bancada do Estado nos próximos dias.
O traficante Fernandinho Beira-Mar também já cumpriu pena no Presídio Federal de Campo Grande. Ele ficou três anos no local e foi transferido no dia 18 de dezembro de 2010 para a penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Além dele, já estiveram em Campo Grande, bandidos que encabeçaram a Rebelião de Bangu I, integrantes do PCC, traficantes invasores do morro do Macaco e policiais acusados de participar de grupos de extermínio, lembra o deputado.